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Chuvas impulsionam recuperação de pastagens

Plantio de capim-sudão e milheto avança em áreas quentes


Foto: Divulgação

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (9) pela Emater/RS-Ascar, a incidência de Senecio brasiliensis, conhecida como maria-mole, foi relatada em diferentes regiões do Estado e tem dificultado o controle em algumas propriedades. As condições climáticas recentes favoreceram a recuperação das pastagens cultivadas e ampliaram o rebrote em áreas de campo nativo, o que contribuiu para maior ganho de peso dos rebanhos. A regularidade das chuvas permitiu ainda a realização de roçadas para a limpeza dos campos, embora o volume total de pasto siga insuficiente em diversas localidades.

O plantio de milheto e capim-sudão foi iniciado em regiões mais quentes e baixas, além de áreas mais altas. No caso das pastagens de inverno, parte das lavouras de aveia foi substituída por culturas de verão, como milho, ou recebeu sobressemeadura com azevém diploide, em floração conforme o manejo adotado. Os produtores aplicaram adubação nitrogenada e fizeram manejo de lotação para manter a proporção de folhas e a capacidade de suporte.

Na região administrativa de Bagé, áreas de integração lavoura-pecuária tiveram cultivos de aveia e azevém dessecados para implantação de novas culturas. Em São Gabriel, a oferta de folhas nas cultivares de azevém de ciclo longo foi considerada satisfatória. As chuvas dos dias 30 de setembro, 3 e 5 de outubro limitaram o preparo do solo e a implantação de pastagens anuais de verão, deixando algumas áreas encharcadas e dificultando o aproveitamento forrageiro. Em Candiota, os produtores aguardam tempo seco para iniciar a ensilagem de aveia, com lavouras apresentando boa população de plantas e grãos.

Em Frederico Westphalen, o azevém mantém oferta de forragem e rebrote regulares, e o trigo destinado à silagem está próximo da colheita. Na região de Ijuí, a produção de feno está atrasada por causa da umidade do solo. Já as lavouras de capim-sudão e milheto receberam adubação para permitir os primeiros pastejos. Em Passo Fundo, a combinação de umidade e luminosidade garantiu desenvolvimento das pastagens e avanço na ensilagem de trigo e no plantio de milho para silagem.

Na região de Pelotas, as pastagens de inverno apresentam boa disponibilidade de forragem, e a precipitação acumulada de 35 milímetros favoreceu o rebrote das forrageiras. Em Pinheiro Machado, produtores anteciparam os preparativos para o verão, com roçadas mecânicas para controle de plantas indesejadas.

Em Júlio de Castilhos, na região de Santa Maria, o excesso de chuva prejudicou o desenvolvimento das pastagens. Em Santa Rosa, o rebrote de gramíneas das variedades Tifton, Jiggs, Aruana e do gênero Hermarthria permitiu pastejos iniciais. A sobressemeadura de inverno apresentou concorrência com forrageiras de estação fria. Há tendência de aumento da área plantada com pastagens perenes, com destaque para o Tifton, implantado por equipes mecanizadas contratadas. Em áreas mais baixas, o replantio de capim-sudão foi necessário devido ao excesso de umidade.

Na região de Soledade, a combinação de radiação solar, temperatura e umidade favoreceu a oferta de pastagens, com incremento na massa seca de espécies de inverno, perenes de verão e campos nativos. Segundo o informativo, “os índices de rebrote se mantiveram estáveis, com boa disponibilidade de volumoso para as criações”.

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