Soja encerra pregão estável
No fechamento do dia, o contrato de novembro terminou estável em US$ 1.006,50/bushel

A soja encerrou o pregão desta quarta-feira (15) praticamente estável na Bolsa de Chicago, sustentada por um relatório positivo de moagem divulgado pela NOPA. Segundo a TF Agroeconômica, o volume processado nos Estados Unidos atingiu nível recorde para o mês de setembro, 11,6% acima do registrado em 2024, enquanto os estoques de óleo de soja caíram para o menor patamar em nove meses, fator que ajudou a conter a pressão baixista vinda do cenário político e comercial.
No fechamento do dia, o contrato de novembro terminou estável em US$ 1.006,50 por bushel, e o de janeiro também sem variação, em US$ 1.024,25. O farelo de soja para dezembro subiu 0,58%, a US$ 275,9 por tonelada curta, e o óleo de soja para o mesmo mês avançou 0,45%, a US$ 50,80 por libra-peso. Apesar da sustentação vinda dos fundamentos, a oleaginosa foi afetada por declarações do ex-presidente Donald Trump, que voltou a ameaçar cortar importações chinesas de óleo de cozinha, em retaliação à decisão de Pequim de não comprar soja americana.
Trump afirmou em sua rede social que os EUA “podem facilmente produzir seu próprio óleo de cozinha, sem precisar comprá-lo da China”, intensificando as tensões entre os dois países. A instabilidade política tem gerado volatilidade nas cotações, agravada pela incerteza sobre a realização de uma possível reunião entre Trump e o presidente Xi Jinping ainda neste mês.
Apesar das ameaças, a relutância dos produtores americanos em vender a preços considerados baixos segue limitando quedas mais fortes. A TF Agroeconômica destaca que essa resistência, somada à sólida demanda doméstica por esmagamento, tem sido um dos principais fatores de sustentação para os preços da soja em Chicago.