Controle de pragas garante qualidade do algodão mineiro
Ações sanitárias fortalecem algodão em Minas Gerais
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Minas Gerais, quarto maior produtor de algodão do país, consolida-se como referência nacional em sanidade e qualidade da produção. O estado já produziu mais de 145 mil toneladas da fibra, quase 21 mil toneladas a mais que no ano anterior, com exportações superiores a US$ 35 milhões, segundo dados da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). De acordo com o órgão, o avanço é resultado de ações de defesa sanitária e de programas de certificação conduzidos pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que têm fortalecido o setor e ampliado o acesso a mercados mais exigentes.
Entre as principais medidas adotadas para garantir a competitividade e proteger as lavouras, está o vazio sanitário do algodão, realizado anualmente entre 20 de setembro e 20 de novembro. Nesse período, é proibido o cultivo e obrigatório o manejo adequado dos restos culturais e soqueiras, o que interrompe o ciclo reprodutivo do bicudo-do-algodoeiro, considerada uma das principais pragas que afetam a cultura.
O IMA realiza fiscalizações por amostragem em propriedades que cultivaram algodão na última safra e notifica produtores que não cumprem as determinações legais. O descumprimento pode resultar em autuações e processos administrativos. “Essas ações são fundamentais para reduzir a presença de pragas e preservar a produtividade das lavouras”, destaca o Instituto. Além das ações em campo, a entidade promove campanhas de conscientização por meio de rádios, redes sociais e reuniões setoriais, reforçando a importância do cumprimento das medidas preventivas para manter a sanidade e a sustentabilidade da produção.
Segundo o IMA, as ações de defesa fitossanitária, somadas ao cadastro das propriedades produtoras, fortalecem a economia mineira e asseguram a rastreabilidade e a confiança nos produtos locais. O Instituto afirma que “a qualidade e a conformidade sanitária são diferenciais que valorizam o algodão mineiro tanto no mercado interno quanto no internacional”.