Mercado de defensivos agrícolas para milho verão cai 16%
Os herbicidas lideraram o mercado de defensivos

A Kynetec Brasil divulgou nesta semana os dados do FarmTrak Milho Verão 2024-25, estudo que aponta recuo de 16% no mercado de defensivos agrícolas destinados à cultura do milho de verão. O volume movimentado passou de R$ 2,9 bilhões na safra 2023/24 para R$ 2,4 bilhões na temporada atual. Segundo a empresa, a redução foi provocada principalmente pela queda nos preços dos produtos.
Para o especialista em pesquisas da Kynetec, Lucas Alves, a retração nas áreas de plantio também influenciou os resultados. “A diminuição em 9% das áreas de plantio nas regiões analisadas, para 3,611 milhões de hectares, também teve impacto desfavorável no resultado geral dos defensivos em milho verão”, afirmou.
Os herbicidas lideraram o mercado de defensivos, com R$ 712 milhões em vendas, seguidos por inseticidas, que registraram R$ 678 milhões. Os fungicidas totalizaram R$ 466 milhões, enquanto os produtos para tratamento de sementes alcançaram R$ 380 milhões. Nematicidas e outros insumos movimentaram R$ 96 milhões cada. Todos os segmentos apresentaram retração frente à temporada anterior.
Apesar da queda no volume de negócios com Inseticidas, Alves destacou o papel de pragas como cigarrinha-do-milho, lagartas e percevejos no consumo desses produtos. “Foram destaques do segmento Inseticidas, apesar da queda nas transações observada na categoria, as pragas cigarrinha-do-milho, lagartas em geral e os percevejos, que responderam, somados, por 98% das vendas desses produtos no milho verão, ou cerca de R$ 664 milhões”, disse.
O levantamento também indicou queda no mercado de sementes, que somou R$ 3,6 bilhões nesta safra, frente aos R$ 4,4 bilhões registrados no ciclo anterior, o que representa retração de 22%. As chamadas biotecnologias ou transgenias ocuparam 98% das lavouras.
A pesquisa da Kynetec ouviu mais de 2 mil agricultores em 700 municípios das principais regiões produtoras de milho do Brasil. O Rio Grande do Sul liderou em área plantada, com 29% dos 3,611 milhões de hectares estimados. Em seguida estão Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, o agrupamento regional ‘Mapiba’, São Paulo e o eixo Distrito Federal-Goiás.