Altas temperaturas impactam produção de morango
Calor favorece maturação, mas reduz tamanho de frutos no RS
Foto: Embrapa
De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (11), a cultura do morango apresentou comportamentos distintos nas regiões produtoras do Rio Grande do Sul ao longo da última semana.
Na região administrativa de Caxias do Sul, a ausência de chuvas aliada à amplitude térmica favoreceu a maturação dos frutos. A Emater informou que “as temperaturas elevadas, com máximas acima de 35 ºC e mínimas acima de 10 ºC, resultaram em frutos de melhor qualidade e maior oferta”. A colheita seguiu com volumes expressivos, embora ainda haja registros de ácaro-rajado, drosófila-da-asa-manchada e oídio. Os preços pagos aos produtores permaneceram estáveis, variando de R$ 12,00 a R$ 20,00/kg nas vendas a intermediários e Ceasas, e de R$ 18,00 a R$ 35,00/kg na comercialização direta. Os frutos congelados foram vendidos entre R$ 10,00 e R$ 15,00/kg.
Na região de Pelotas, a produção das cultivares de dias curtos começou a diminuir gradualmente, enquanto as cultivares de dias neutros mantiveram bom desempenho. O informativo destaca que “o aspecto fitossanitário continua adequado”, embora tenham sido registrados ataques de tripes e ácaros. Os preços apresentaram leve redução em algumas localidades, variando entre R$ 12,00 e R$ 40,00/kg, dependendo do município.
Na região de Santa Rosa, os produtores mantiveram o controle fitossanitário e a adubação de manutenção. A colheita seguiu com boa oferta, e a comercialização ocorreu tanto nas propriedades quanto no comércio local.
Na região de Bagé, em São Gabriel, os produtores relataram resultados positivos. Segundo a Emater, “as frutas estão com ótimo tamanho, além de cor e sabor intensos”, e o excedente tem sido comercializado em Rosário do Sul.
Na região de Lajeado, em Bom Princípio, a cultura manteve bom desenvolvimento mesmo com temperaturas elevadas. A produção permaneceu estável, ainda que os frutos tenham apresentado menor tamanho. A comercialização registrou preço médio de R$ 15,00/kg.
Na região de Soledade, as altas temperaturas prejudicaram as lavouras, especialmente no Baixo Vale do Rio Pardo. Os picos acima de 40 ºC provocaram abortamento de flores e frutos, além de deficiência de cálcio, que poderá comprometer a próxima floração. A Emater observou que “os produtores instalaram sombrites, mas os problemas persistem devido ao calor extremo”.
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