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Tensões comerciais favorecem exportações de soja

Neste cenário, o Brasil surge como grande beneficiário


Neste cenário, o Brasil surge como grande beneficiário Neste cenário, o Brasil surge como grande beneficiário - Foto: Divulgação

Pequim anunciando tarifas adicionais sobre navios de bandeira americana. As medidas entram em vigor em 14 de outubro, mesma data em que os EUA planejam aplicar novas taxas sobre embarcações chinesas, aprofundando o impasse comercial entre as duas maiores economias globais.

Além das tarifas, a China manteve restrições às exportações de terras raras e segue sem retomar as compras de soja americana. O setor agrícola norte-americano permanece pressionado, enquanto o mercado acompanha a possibilidade de um pacote de apoio ao produtor nos EUA, ainda impactado pelo shutdown do governo federal. A atenção se volta também para a reunião entre Xi Jinping e Donald Trump, prevista para o encontro da APEC, na Coreia do Sul, que poderá sinalizar os próximos passos das negociações.

Neste cenário, o Brasil surge como grande beneficiário, com a demanda chinesa concentrada na América do Sul. A limitação dos embarques norte-americanos tende a sustentar ou até elevar os prêmios nos portos brasileiros, principalmente no início do plantio da safra 25/26. A valorização do dólar reforça ainda mais a competitividade da soja nacional frente ao mercado internacional.

Analistas destacam que o país se consolida como fornecedor estratégico da China, aproveitando o momento para fortalecer sua posição na cadeia global de grãos. O cenário atual deve manter produtores e exportadores atentos às oportunidades comerciais, com impactos que podem se estender para outros segmentos agrícolas na região.

"Com o impasse, o Brasil tende a se beneficiar. A demanda chinesa, que segue concentrada na América do Sul, pode impulsionar ainda mais a competitividade da soja brasileira, justamente no início do plantio da safra 25/26. Com embarques limitados nos Estados Unidos, os prêmios nos portos nacionais tendem a se manter firmes, ou até ganhar força, nas próximas semanas, especialmente se o dólar seguir valorizado", analisa Yedda Monteiro, analista de inteligência e estratégia da Biond Agro.
 

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