Preço do suíno sobe, mas margem recua no Paraná
Ração mais cara reduz lucro do suíno no Paraná

O preço médio pago ao produtor pelo quilograma do suíno vivo no Paraná foi de R$ 6,96 no primeiro semestre de 2025, conforme dados divulgados no Boletim de Conjuntura Agropecuária da última quinta-feira (31), elaborado pelos analistas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). “Esse valor representa uma alta de 15,5% em relação ao mesmo período de 2024 e uma variação positiva de 0,3% na comparação com o segundo semestre do ano passado”, informou o Deral.
Durante o semestre, os preços variaram entre R$ 6,76 em janeiro e R$ 7,02 em junho. Apesar do aumento, a rentabilidade do produtor apresentou retração quando comparada aos seis meses anteriores. O Deral destacou que “a diferença entre o valor recebido e o custo de produção foi de R$ 0,78 por quilograma no primeiro semestre de 2025”, valor inferior aos R$ 1,05 registrados no segundo semestre de 2024.
Segundo a análise, a redução da margem ocorreu porque o custo de produção estimado pela Embrapa Suínos e Aves teve crescimento maior do que o preço pago ao produtor. “Enquanto o custo por quilograma aumentou 4,8%, impulsionado principalmente pelo encarecimento da ração, o preço recebido subiu apenas 0,3%”, detalhou o boletim.
A diferença entre receita e custo também foi maior em relação ao primeiro semestre de 2024, quando o ganho foi de R$ 0,41 por quilograma. Ainda assim, o desempenho recente indica um cenário de pressão sobre a rentabilidade da suinocultura paranaense, devido à elevação dos insumos.