Clima afeta parte das lavouras de aveia-branca
Lavouras de aveia registram oscilações no Estado
Foto: Canva
O Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (6) aponta que a colheita da aveia-branca avançou nas principais regiões produtoras do Rio Grande do Sul, com produtividade dentro do esperado. Segundo o documento, a cultura está “em plena colheita”, embora com variações decorrentes de condições edafoclimáticas e de manejo. Nas últimas semanas registraram períodos alternados de umidade e estiagem localizada, o que influenciou especialmente as atividades implantadas mais tarde, que sofreram “algum nível de estresse hídrico na fase de enchimento de grãos”.
A qualidade dos grãos permanece adequada, com “bom PH e uniformidade”, favorecendo a destinação industrial. A Emater/RS-Ascar estima 393.252 hectares cultivados no Estado, com produtividade média de 2.445 kg/ha.
Na região administrativa de Bagé, o ritmo de colheita varia entre os municípios. Em São Gabriel, o trabalho foi finalizado com rendimento médio de 1.200 kg/ha. Em Maçambará, 40% dos 5.500 hectares foram colhidos, com produtividades entre 1.200 e 1.800 kg/ha. Nos municípios da Campanha, como Hulha Negra e Candiota, as atividades implantadas posteriormente enfrentaram déficit hídrico durante o abastecimento de grãos, o que afetou os resultados. Em Caçapava do Sul e Lavras do Sul, a colheita alcança cerca de 40% das áreas, com produtividades dentro da média regional.
Na região de Frederico Westphalen, a colheita está praticamente concluída, restando 5% das atividades em maturação. O rendimento médio projetado é de 2.370 kg/ha, com desempenho considerado estável entre os municípios. Em Ijuí, a colheita chega a 55%, com rendimento médio de 2.850 kg/ha em áreas já colhidas. Em Ibirubá, houve incremento ao longo do avanço da colheita. Em Santo Augusto, a produtividade ficou abaixo do previsto, com 2.400 kg/ha. Os títulos apresentam PH superior a 50 pontos, favorecendo a comercialização industrial.
Na região de Santa Maria, a colheita chega a 70%, enquanto 30% das lavouras se encontram em maturação fisiológica. Em Tupanciretã, os trabalhos foram concluídos, com produtividades próximas de 2.200 kg/ha e padrão considerado adequado. Em Soledade, a colheita avança em 35%, com 58% das áreas em maturação e 7% em enchimento de grãos. Em Tio Hugo, 90% da área está colhida, com rendimentos entre 1.500 e 3.000 kg/ha. A média regional deve se aproximar de 3.000 kg/ha, impulsionada por manejo mais tecnificado e cultivares de maior rendimento.