CI

Tecnologia transforma o agro e exige nova gestão

A automação não elimina empregos, mas altera o perfil


A automação não elimina empregos, mas altera o perfil A automação não elimina empregos, mas altera o perfil - Foto: Divulgação

O avanço tecnológico no campo tem transformado profundamente a gestão rural no Brasil. A automação de colheitadeiras, o uso de Drones e a digitalização de processos impõem novas exigências ao setor, tanto no aspecto operacional quanto jurídico. O compliance trabalhista deixa de ser apenas uma reação a riscos e se consolida como ferramenta estratégica de prevenção, eficiência e segurança jurídica.

A automação não elimina empregos, mas altera o perfil dos trabalhadores, que passam a atuar com telemetria, agricultura de precisão e análise de dados. Nesse cenário, a qualificação contínua torna-se essencial, exigindo domínio de ferramentas digitais, interpretação de informações técnicas e adaptação constante às inovações. Treinamentos voltados ao uso de equipamentos, leitura de dados e segurança operacional fortalecem a cultura de prevenção e reduzem passivos judiciais.

“O operário manual dá lugar ao operador de máquinas com conhecimentos em telemetria, ao técnico em agricultura de precisão, ao analista de dados que interpreta informações de sensores e drones e ao gestor de softwares especializados”, explica advogada Giane Maria Bueno, da Michelin Sociedade de Advogados e integrante da Comissão Estadual de Compliance Trabalhista e Sindical da OAB/SP.

Outro ponto crítico é a gestão de terceirizadas, que requer due diligence rigorosa, com verificação de certidões, cláusulas contratuais específicas e monitoramento contínuo. A modernização do agro também traz novas demandas jurídicas, como proteção de dados, cibersegurança e teletrabalho. Adequar-se à LGPD e estruturar um planejamento jurídico multidisciplinar é indispensável para garantir a perenidade dos negócios. O compliance trabalhista rural, hoje, é instrumento estratégico para unir produtividade, segurança e competitividade em um ambiente cada vez mais digitalizado.

“Não se trata apenas de cumprir a lei, mas de estruturar processos que preservem a saúde, a segurança e a dignidade do trabalhador, ao mesmo tempo em que sustentam a competitividade das empresas rurais”, conclui.
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.

2b98f7e1-9590-46d7-af32-2c8a921a53c7