Milho tem pregão misto na B3 e recua em Chicago
Em Chicago, os preços do milho recuaram diante da intensificação da colheita

O mercado de milho apresentou comportamento misto nesta quinta-feira (18) na B3, refletindo os movimentos do câmbio e das cotações externas. Segundo informações da TF Agroeconômica, o cenário foi influenciado também pela primeira estimativa da Conab para a safra 2025/26, que indicou leve redução na produção nacional, aumento dos estoques iniciais e crescimento no saldo exportável do cereal.
Na bolsa brasileira, os contratos futuros fecharam em direções distintas. O vencimento novembro/25 terminou cotado a R$ 67,27, com alta de R$ 0,09 no dia, mas queda acumulada de R$ 0,69 na semana. O contrato de janeiro/26 encerrou a R$ 70,16, com recuo diário de R$ 0,02 e semanal de R$ 0,77. Já março/26 foi negociado a R$ 73,13, registrando baixa de R$ 0,12 no dia e de R$ 0,21 na semana. Esse movimento reflete a disputa entre fatores internos, como o dólar, e externos, como o avanço da colheita nos Estados Unidos.
Em Chicago, os preços do milho recuaram diante da intensificação da colheita americana. O contrato para dezembro caiu 0,70%, encerrando a US$ 423,75/bushel, enquanto o de março perdeu 0,67%, fechando a US$ 441,50/bushel. Analistas destacam que o mercado permanece pressionado pela incerteza quanto ao rendimento das lavouras, uma vez que a produtividade final ainda é difícil de projetar.
Problemas de polinização ocorridos no verão e a incidência de ferrugem asiática podem estar afetando a qualidade da safra norte-americana. Com isso, mesmo notícias positivas, como a venda extra de 110 mil toneladas para exportação, acabam sendo ofuscadas. As dúvidas sobre o desempenho das lavouras se acumulam junto com o milho armazenado nos silos, aumentando a cautela dos agentes e reforçando a pressão baixista sobre os preços internacionais.