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Soja: negociações travam com desacordo entre compradores e produtores

Produtores evitam fechar novos negócios à espera de uma possível recuperação


Foto: Canva

As negociações da soja em grão no mercado brasileiro seguem em ritmo lento. Segundo informações do boletim do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a principal causa é a disparidade entre os preços oferecidos por compradores e os pedidos de venda dos sojicultores, que estão capitalizados e mais atentos ao cenário internacional.

De um lado, produtores evitam fechar novos negócios à espera de uma possível recuperação das cotações externas. De outro, a ponta compradora adota postura cautelosa, ancorada no volume expressivo de estoques da safra 2024/25, nas projeções otimistas para a colheita 2025/26 e na conjuntura cambial, com a recente valorização do real frente ao dólar (US$/R$).

Outro fator que tem pressionado o mercado interno é a queda dos prêmios de exportação, o que reduz a competitividade da soja brasileira no cenário internacional. Com isso, os preços da oleaginosa apresentaram apenas pequenas variações na última semana, nas principais praças acompanhadas pelo Cepea.

A expectativa de uma safra recorde para 2025/26 intensifica ainda mais o clima de incerteza. Segundo analistas, se confirmada, essa nova oferta poderá reforçar a pressão sobre os preços, exigindo atenção redobrada dos agentes do setor nos próximos meses. Para os produtores, o atual cenário exige planejamento de caixa e gestão eficiente dos contratos de venda futura. Já os consumidores, especialmente indústrias e tradings, devem continuar analisando com atenção o comportamento dos prêmios e o ritmo das exportações.

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