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Falta de luz e chuvas afeta ritmo das forrageiras

Regiões do RS têm desempenho distinto das pastagens


Foto: Pixabay

O Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (6) aponta avanço no desenvolvimento das pastagens em diferentes regiões do Rio Grande do Sul, influenciado pelo regime de chuvas, pela luminosidade e pelas temperaturas registradas no período.

De acordo com o documento, “os campos nativos, especialmente os melhorados, estão na fase de rebrota”, o que permitiu a movimentação dos últimos lotes de bovinos mantidos em áreas de inverno e o aumento das lotações. As pastagens de aveia e azevém comum já estão na fase reprodutiva, enquanto o azevém tetraploide permanece em estágio vegetativo. As espécies de verão avançam na implantação, embora em algumas regiões a baixa luminosidade ou a falta de precipitações tenha “limitado o crescimento inicial e prolongado o vazio forrageiro”. Segundo o informativo, produtores também “realizaram a fenação e a confecção de silagem” para formar reservas estratégicas.

Na região administrativa de Bagé, as chuvas regulares favoreceram a semeadura em propriedades com manejo escalonado. Poucas áreas de milheto, sorgo forrageiro e capim-sudão atingiram porte para início do pastejo. Em Itaqui, as pastagens perenes receberam os primeiros animais e apresentam potencial de oferta de forragem. Já na Campanha, as chuvas escassas prejudicaram o desenvolvimento inicial, atrasando a adubação nitrogenada de cobertura. Em Hulha Negra e Aceguá, segue a produção de feno em pastagens de trevo.

Na região de Caxias do Sul, o aumento da luminosidade, da temperatura e da umidade do solo contribuiu para o avanço das forrageiras, ampliando a oferta de alimento. As áreas de aveia já permitem pastejo, principalmente em sistemas de integração lavoura-pecuária. Muitas pastagens de inverno foram dessecadas para incorporação ao solo como adubação verde destinada aos cereais de verão. As espécies perenes, como o tifton, registram crescimento considerado adequado.

Em Ijuí, o trigo destinado ao pastoreio apresenta bom potencial produtivo. O informativo aponta que o sorgo forrageiro e o milheto têm crescimento mais lento que no ano anterior, enquanto o capim-sudão mantém desempenho satisfatório. Em Passo Fundo, a nebulosidade reduziu a luminosidade e desacelerou o desenvolvimento das forrageiras, sem causar limitações graves.

Na região de Pelotas, as pastagens anuais de verão se desenvolveram dentro da normalidade, mas a baixa umidade do solo dificultou a semeadura e ampliou o vazio forrageiro. Em Santa Maria, as pastagens sofreram atrasos ou perdas devido às baixas temperaturas e às geadas recentes. Em Júlio de Castilhos, intensificou-se a colheita de cereais de inverno para ensilagem.

Em Santa Rosa, a alternância entre sol e nebulosidade, somada à boa umidade do solo, favoreceu o crescimento das espécies forrageiras. A menor incidência solar, no entanto, “reduziu temporariamente o ritmo de crescimento das plantas”. Em Soledade, as chuvas estimularam a rebrota das pastagens perenes e a retomada da semeadura das espécies de verão, embora a produção de massa seca ainda esteja abaixo do pleno. Os pastejos foram iniciados apenas em áreas semeadas precocemente.

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