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COP30 deve redefinir regras do comércio exterior para insumos amazônicos

Rastreabilidade, sustentabilidade e tradução técnica passam a ser determinantes


Foto: Divulgação

Belém (PA) se prepara para sediar, a partir de 10 de novembro, a COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, e as atenções do mundo se voltam à Amazônia. Mais do que um evento ambiental, a conferência promete marcar uma virada nas exigências documentais do comércio exterior, especialmente para quem exporta insumos da floresta e produtos da bioeconomia.

De acordo com o especialista em comércio exterior Gabriel Del Bello, fundador da Gold Traduções, a COP30 tende a consolidar um novo paradigma no comércio global: a documentação como passaporte comercial.

“Não se trata apenas de provar que o produto é sustentável, será preciso comprovar documentalmente cada etapa de sua origem e rastreabilidade”, explica Del Bello. “Certificados, laudos técnicos e declarações de conformidade terão de ser traduzidos e validados com precisão absoluta, conforme exigências internacionais.”

O movimento já é perceptível. Reguladores europeus e norte-americanos vêm ampliando a cobrança por documentos de origem controlada, rastreabilidade, certificações de boas práticas e conformidade ambiental, especialmente após a aprovação do Regulamento Europeu Antidesmatamento (EUDR), que entra em vigor em dezembro em 2025.

Para os produtos amazônicos como óleos essenciais, manteigas vegetais, extratos e bioativos, a exigência documental pode se tornar o principal diferencial competitivo.

Segundo Del Bello, “empresas que não conseguirem comprovar a procedência sustentável e traduzir corretamente seus certificados de origem e dossiês técnicos podem simplesmente ficar fora do mercado”.

O novo cenário: quando sustentabilidade encontra burocracia

A tendência é que, após a COP30, grandes compradores internacionais incluam cláusulas contratuais mais rígidas de compliance ambiental e documental.
Isso afetará diretamente exportadores de produtos naturais, cooperativas extrativistas e pequenas indústrias que atuam com insumos da floresta.

Entre os principais documentos que devem ganhar protagonismo estão:

Certificados de origem e rastreabilidade;
Laudos técnicos e de pureza;
Declarações de conformidade ambiental;
Fichas de segurança (SDS) bilíngues e atualizadas;
Relatórios de sustentabilidade e impacto socioambiental.
“A tradução técnica desses documentos não é mera formalidade. Ela garante que o produto seja compreendido e aceito nos mercados mais exigentes. Uma palavra mal traduzida em um certificado pode inviabilizar um embarque inteiro”, reforça o especialista.

A Gold Traduções, empresa fundada por Del Bello, vem orientando exportadores brasileiros a se anteciparem às novas exigências, oferecendo consultoria documental e tradução técnica especializada. A empresa atua em processos de comércio exterior, cidadania e certificações internacionais, com foco em reduzir o risco regulatório para empresas que buscam novos mercados.

“O Brasil está prestes a viver uma onda de oportunidades com a bioeconomia, mas só quem estiver pronto documentalmente vai conseguir navegar nesse novo cenário global”, conclui Del Bello.

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