Foto: Divulgação
Mesmo com o corte de 4,9% no preço da gasolina para as distribuidoras, válido desde 21 de outubro, o valor médio do combustível nos postos brasileiros registrou leve alta de 0,32% no mês, atingindo R$ 6,36. O etanol, por sua vez, teve redução de 0,23% e chegou à média de R$ 4,40. Os dados são do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), que monitora o comportamento dos preços com base em transações reais em mais de 21 mil postos credenciados no país.
Segundo a Edenred, o efeito da redução nas refinarias ainda não foi integralmente percebido pelo consumidor final devido ao tempo necessário para o repasse nas cadeias de distribuição, o que pode ocorrer nas próximas semanas.
Variação regional indica contrastes nos preços
A análise regional revela que a gasolina teve aumento na maioria das regiões, com exceção do Norte, onde houve queda de 0,15% (média de R$ 6,82, a mais alta do país), e do Sudeste, que se manteve estável em R$ 6,21, menor valor entre as regiões. O Sul apresentou o maior acréscimo, com 0,80% (R$ 6,33).
Para o etanol, a média nacional esconde diferenças expressivas. O Centro-Oeste liderou as altas, com avanço de 1,81% (R$ 4,50), enquanto o Nordeste foi a única região com retração, de 0,20%, fechando em R$ 4,93. O etanol mais caro foi encontrado no Norte (R$ 5,21), e o mais barato no Sudeste (R$ 4,32).
Panorama estadual: entre altas pontuais e estabilidade
Entre os estados, o maior aumento no preço da gasolina foi registrado no Rio Grande do Norte (1,93%, R$ 6,35), enquanto Minas Gerais teve a maior queda, de 0,95%, com média de R$ 6,28. A gasolina mais cara permaneceu no Acre (R$ 7,43), mesmo com leve recuo de 0,13%. Já a Paraíba teve o menor preço do país: R$ 6,13.
No caso do etanol, Goiás puxou a maior alta, com 4,09% (R$ 4,58), enquanto a maior queda foi registrada na Paraíba (-2,80%, R$ 4,51). São Paulo manteve o etanol mais barato do Brasil (R$ 4,21), e o Amazonas liderou como o mais caro (R$ 5,47), sem variação no mês.
Combustível mais vantajoso e desafios logísticos
Apesar da pequena alta, a gasolina seguiu como o combustível mais vantajoso em boa parte do país, especialmente nas regiões Sul e Nordeste, segundo a Edenred. Já o etanol mantém relevância ambiental, por ser uma alternativa menos poluente e alinhada aos objetivos de descarbonização.