Falta de chuva preocupa produtores de citros
Preços da laranja variam entre regiões do RS
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O Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (11) pela Emater/RS-Ascar detalha o andamento da safra de citros em diferentes regiões do Estado. Na área administrativa de Caxias do Sul, seguem os tratamentos para ácaro-da-ferrugem, larva-minadora e mosca-das-frutas. Segundo o documento, “os pomares apresentam boa sanidade”, mas as altas temperaturas e o tempo seco já indicam “sinais de déficit hídrico” nas plantas. Produtores com sistemas de irrigação utilizam o recurso para reduzir o estresse hídrico.
A colheita das laranjas Valência e Umbigo (Monte Parnaso) está em andamento, enquanto a de bergamota Ponkan Montenegrina e Murcott foi encerrada. Em Guaporé, o preço da Valência varia entre R$ 0,80 e R$ 1,00 por quilo, com valor de R$ 0,50 para o produto destinado ao suco. A Monte Parnaso oscila entre R$ 1,00 e R$ 1,10 por quilo. Em Cotiporã, o quilo para consumo in natura permanece em R$ 1,50, e em Veranópolis a Valência é comercializada a R$ 1,30 para mesa e R$ 0,90 para suco.
Na região de Erechim, a colheita continua e o preço ao produtor é de R$ 1.000,00 por tonelada para indústrias e R$ 1.200,00 por tonelada para o mercado in natura. Já em Lajeado, a safra de bergamota e laranja está encerrada. A Emater informa preocupação com a falta de chuvas nas últimas semanas, destacando o relato de aumento na ocorrência de mosca-branca, embora ainda não haja danos relevantes associados à baixa umidade.
Em São Sebastião do Caí, a roçada avança para a etapa final e, com o aumento das temperaturas, são intensificados os manejos fitossanitários preventivos. De acordo com o informativo, têm sido realizadas ações de controle para “ácaros, pulgões e mosca-branca”, além de monitoramento e aplicações voltadas ao manejo de doenças fúngicas, com destaque para a pinta-preta.
No município de São José do Hortêncio, cerca de 70% da área de 180 hectares de laranja Valência destinada ao mercado de mesa já foi colhida, com preços entre R$ 40,00 e R$ 50,00 por caixa de 25 quilos. Para a indústria, a colheita chega a 80%, e o valor é de R$ 12,00 por caixa. Na cultivar Monte Parnaso, com 40 hectares, aproximadamente 90% da safra está colhida, com preços que variam entre R$ 60,00 e R$ 70,00 por caixa.
A lima ácida Tahiti deve registrar redução nos valores nas próximas semanas. Em São Sebastião do Caí, onde há 185 hectares cultivados, os preços variam entre R$ 45,00 e R$ 60,00 por caixa de 25 quilos. Em Pareci Novo, com 26 hectares, o preço médio é de R$ 65,00 por caixa. Em São José do Hortêncio, com 95% da safra concluída nos 25 hectares de cultivo, o valor praticado é de R$ 70,00 por caixa.