Soja em Chicago recua com mais tarifas para China
Nos fechamentos do dia, o contrato da soja para novembro registrou alta de 0,10%

A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a terça-feira (15) em leve baixa, pressionada pelo início das tarifas portuárias mútuas entre Estados Unidos e China, que praticamente inviabilizam o comércio de grãos entre os dois países. Segundo análise da TF Agroeconômica, o movimento de compra técnica no final da sessão não foi suficiente para reverter as perdas acumuladas ao longo do dia, mantendo o mercado em ritmo de cautela.
Nos fechamentos do dia, o contrato da soja para novembro registrou alta de 0,10%, cotado a US$ 1.007,75 por bushel, enquanto o vencimento de janeiro avançou 0,20%, para US$ 1.025,25. O farelo de soja para outubro caiu 0,34%, cotado a US$ 266,5 por tonelada curta, e o óleo de soja subiu 1,30%, fechando a US$ 50,04 por libra-peso. Apesar do desempenho misto, o mercado segue atento aos desdobramentos das novas tarifas e à ausência da China como principal compradora.
O relatório semanal de inspeção para exportação, um dos poucos ainda divulgados durante o período de incertezas, trouxe resultados positivos, com aumento de 27% nas exportações semanais, próximo ao limite superior das expectativas do mercado. México, Espanha, Bangladesh, Itália e Holanda figuraram entre os principais destinos do grão norte-americano.
Ainda assim, o acumulado do ano mostra queda de 26% nas exportações em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo o impacto direto da menor demanda chinesa. O cenário reforça o desafio dos produtores e exportadores dos EUA, que enfrentam custos mais altos e um ambiente comercial desfavorável em meio à escalada tarifária.