Fungos entomopatogênicos no manejo da cigarrinha-do-milho
O processo de avaliação do uso desses fungos é meticuloso

A utilização de fungos entomopatogênicos para o controle da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) tem se destacado como uma estratégia eficaz dentro do manejo integrado de pragas. De acordo com Fábio Cruz da Silva, Engenheiro Agrônomo, essa abordagem oferece uma alternativa biológica ao uso de Inseticidas químicos, promovendo um controle mais sustentável e seguro para a lavoura. Os fungos mais utilizados neste processo são Beauveria bassiana, Metarhizium anisopliae e Isaria fumosorosea, que têm demonstrado bom desempenho no controle da cigarrinha e, consequentemente, na prevenção das doenças transmitidas por ela, como os enfezamentos do milho.
O processo de avaliação do uso desses fungos é meticuloso e envolve diferentes etapas. Inicialmente, é realizado o monitoramento da população de cigarrinhas nas lavouras para estabelecer uma base de controle. Após a aplicação dos fungos, a avaliação ocorre sete dias depois, com o objetivo de medir a mortalidade das pragas e a persistência dos fungos no ambiente. Essa metodologia permite que os produtores ajustem as práticas de manejo, garantindo maior eficácia no controle biológico.
A redução populacional da cigarrinha-do-milho, a diminuição da incidência de doenças e a persistência dos fungos são os principais indicadores de sucesso dessa técnica. Além disso, fatores como condições ambientais e a intensidade das chuvas podem influenciar a eficácia dos fungos entomopatogênicos. Chuvas intensas, por exemplo, podem reduzir a viabilidade dos conídios, tornando necessário um planejamento mais cuidadoso para otimizar os resultados. Essa estratégia representa um avanço significativo no controle sustentável de pragas, oferecendo benefícios tanto para os produtores quanto para o meio ambiente.