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Safra de trigo cresce em produtividade, mas perde área

Preços do trigo seguem estáveis no mercado brasileiro


Foto: Pixabay

Os preços do trigo no mercado brasileiro permaneceram estáveis ao longo da semana de 12 a 18 de dezembro, segundo análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), divulgada na quinta-feira (18). No Rio Grande do Sul, as principais praças continuaram negociando o cereal entre R$ 54,00 e R$ 55,00 por saca, enquanto no Paraná os valores oscilaram de R$ 64,00 a R$ 66,00. No mesmo período do ano passado, o trigo gaúcho era comercializado entre R$ 65,00 e R$ 66,00, e o paranaense, em torno de R$ 72,00 por saca.

O cenário internacional segue pressionando as cotações. A Ceema aponta uma tendência de ampla disponibilidade de trigo no mercado mundial para a safra 2025/26, o que dificulta movimentos de alta nos preços externos. Além disso, o crescimento do consumo ocorre em ritmo mais lento, contribuindo para a elevação dos estoques globais.

No mercado interno, o relatório de dezembro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou levemente para cima a estimativa da colheita brasileira recém-encerrada, que passou para 7,9 milhões de toneladas. A área cultivada no país totalizou 2,444 milhões de hectares, o que representa uma redução de 20,1% em relação à safra anterior. Em contrapartida, a produtividade média avançou 26,3%, alcançando 3.257 quilos por hectare, o equivalente a 54,3 sacas por hectare.

De acordo com a Conab, a produção de trigo no Rio Grande do Sul atingiu 3,66 milhões de toneladas, queda de 6% em comparação com a safra passada. A área semeada no estado foi de 1,155 milhão de hectares, recuo de 13,7%, enquanto a produtividade média chegou a 3.172 quilos por hectare, ou 52,9 sacas, crescimento de 8,5% sobre o ciclo anterior. No Paraná, a produção finalizou em 2,778 milhões de toneladas, volume 16% superior ao registrado na safra de 2024. A área cultivada foi de 819 mil hectares, com retração de 28,6%, mas a produtividade saltou 62,5%, atingindo 3.392 quilos por hectare, ou 56,5 sacas.

Apesar da melhora nos rendimentos, a Ceema ressalta que parte do trigo colhido nesta safra apresenta novamente problemas de qualidade, o que limita seu uso para panificação e impacta a formação de preços em determinados mercados.

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