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Mercado de milho mantém pressão de baixa

Dólar em queda afeta preço do milho no mercado físico



Foto: Pixabay

A análise semanal da Grão Direto, divulgada nesta segunda-feira (5), indica que o mercado de milho segue sob pressão de baixa, em meio a uma oferta crescente e uma demanda mais cautelosa. Segundo o especialista da plataforma, as condições climáticas favoráveis para a safrinha e o avanço da colheita da primeira safra reforçam o cenário de maior disponibilidade do grão no curto prazo.

“Os compradores estão mais retraídos, o que contribui para a manutenção da pressão de baixa no mercado físico”, afirmou o analista. No entanto, setores como o de etanol e o de ração seguem com demanda ativa, o que pode limitar quedas mais acentuadas nos preços. “A demanda interna pode evitar recuos mais agressivos, especialmente se houver repiques pontuais”, avaliou.

O relatório também destacou a importância do novo relatório de oferta e demanda mundial do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), previsto para o próximo dia 12. “O mercado internacional pode registrar maior volatilidade com a divulgação do WASDE”, alertou o especialista, acrescentando que o ritmo de plantio nos Estados Unidos será outro fator monitorado nos próximos dias.

No mercado cambial, o dólar continua em trajetória de enfraquecimento frente ao real, influenciado por dados econômicos dos Estados Unidos e pela evolução das tensões comerciais com a China. A Grão Direto observa que indicadores como o IPCA no Brasil e o CPI nos Estados Unidos, a serem divulgados nesta semana, podem impactar o câmbio. “Esses dados podem influenciar diretamente a competitividade das exportações brasileiras”, pontuou o analista.

A melhora no tom diplomático entre Estados Unidos e China também trouxe alívio ao mercado, reduzindo a busca por proteção e favorecendo a valorização de moedas emergentes, como o real. Esse movimento, segundo a análise, pressiona os preços no mercado interno de commodities agrícolas, como soja e milho, ao reduzir a atratividade dos produtos brasileiros no exterior. “Por outro lado, a desvalorização do dólar pode favorecer as condições de compra de insumos e equipamentos”, completou.

A Grão Direto orienta que, diante de um ambiente de ampla oferta e incertezas no mercado internacional, os produtores adotem uma gestão de margem mais estratégica. “É importante estar atento a oportunidades pontuais de comercialização, aproveitar momentos de repique nos preços e negociar com base em informações atualizadas”, recomendou o especialista.

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