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Safra recorde e desvalorização externa afetam preço do algodão

Movimento de baixa no mercado internacional contribui para o recuo das cotações


Foto: Canva

A colheita do algodão da safra 2024/25 está praticamente finalizada no Brasil e o beneficiamento já alcança cerca de 50% da produção nacional, que, segundo o Cepea, deve ser a maior da história. Esse avanço logístico vem mantendo elevada a oferta de pluma no mercado spot, favorecendo um cenário de pressão sobre os preços internos.

De acordo com informações do Cepea, o ambiente de ampla disponibilidade tem levado parte dos vendedores a adotar posturas mais flexíveis nos pedidos. Por outro lado, compradores ativos continuam apresentando ofertas com valores ainda mais baixos, reforçando a tendência de queda.

Setembro marca quarto mês consecutivo de desvalorização

Além da dinâmica interna, o movimento de baixa no mercado internacional contribui para o recuo das cotações domésticas. Levantamento do Cepea aponta que setembro foi o quarto mês seguido de queda nos preços da pluma no Brasil.

A média do Indicador Cepea/Esalq no mês caiu 6,6% em relação a agosto e ficou 8,26% abaixo do registrado em setembro de 2024. Em valores reais, essa foi a cotação mais baixa desde fevereiro de 2015, considerando o IGP-DI de agosto de 2025 — o preço médio em setembro foi de R$ 3,5416 por libra-peso.

Mercado atento à evolução do beneficiamento e exportações

Com a produção já praticamente toda colhida e metade beneficiada, o foco do setor agora se volta para o ritmo das exportações e para o comportamento dos preços internacionais. A depender da demanda externa e do câmbio, o mercado interno poderá ganhar fôlego ou seguir sob pressão nos próximos meses.

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