Soja se movimenta, mas frete preocupa
O Mato Grosso do Sul enfrenta gargalo logístico

O Rio Grande do Sul entra na nova temporada de soja com altas expectativas e desafios consideráveis, segundo informações da TF Agroeconômica. “Para pagamento em 15/10, com entrega em outubro, os preços no porto foram reportados a R$ 140,00/sc (-0,16%) semanal, enquanto no interior as referências se foram em torno de R$ 131,00/sc (-0,76%) semanal em Cruz Alta, Passo Fundo, Santa Rosa e São Luiz, todos com liquidação prevista para 30/10. Já em Panambi, o mercado físico apresentou queda mais acentuada, com o preço de pedra recuando para R$ 120,00/sc, sinalizando maior resistência local ao ritmo comprador”, comenta.
Em Santa Catarina, o aumento dos custos de frete, combinado à necessidade de uso intensivo dos portos catarinenses, impõe a adoção de estratégias logísticas mais eficientes. “O armazenamento torna-se fundamental para preservar a rentabilidade em um cenário de margens mais apertadas e desafios operacionais crescentes. No porto de São Francisco, a saca de soja é cotada a R$ 138,77 (+0,43%)”, completa a consultoria.
O Paraná, tradicional protagonista do início do plantio nacional, perdeu momentaneamente a liderança para o Mato Grosso, mas mantém ritmo expressivo de semeadura em praticamente todas as regiões. “Em Paranaguá, o preço chegou R$ 140,23 (+0,41%). Em Cascavel, o preço foi R$ 128,70 (+0,16%). Em Maringá, o preço foi de 128,70 (+0,19%). Em Ponta Grossa o preço foi a R$ 130,21 (+0,08%) por saca FOB, Pato Branco o preço foi R$ 138,17 (-0,07%). No balcão, os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 120,00”, indica.
O Mato Grosso do Sul enfrenta gargalo logístico e pressão nos fretes durante o avanço do plantio. “A falta de silos adequados impacta diretamente a comercialização. Muitos produtores optam por vender apenas o volume necessário para cobrir custos, mantendo o restante estocado nas propriedades, o que amplia o risco de perdas e congestiona a capacidade de escoamento. Em Dourados, o spot da soja ficou em R$ 125,23, Campo Grande em R$ 125,23, Maracaju em R$ 125,23, Chapadão do Sul a R$ 120,63 (-0,02%), Sidrolândia a em R$ 125,23”, informa.
No Mato Grosso, o alto custo do frete rodoviário é o maior problema a ser enfrentado. “O aumento projetado de 15% nos fretes deve pressionar a rentabilidade, principalmente devido à longa distância entre as áreas produtoras e os portos do Arco Norte e do Sul. Campo Verde: R$ 121,68 (-0,03%). Lucas do Rio Verde: R$ 119,43 (+0,04%), Nova Mutum: R$ 119,43 (+0,04%). Primavera do Leste: R$ 121,68 (-0,03%). Rondonópolis: R$ 121,68 (-0,03%). Sorriso: R$ 119,43 (+0,04%)”, conclui.