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Preços de alimentos caem em agosto no Brasil

Maior redução ocorreu na categoria de legumes


Foto: Pixabay

Os brasileiros pagaram menos em agosto por itens essenciais da cesta de consumo. Carnes, ovos e legumes registraram retração de preços, tendência atribuída à maior oferta interna e à pressão do mercado internacional.

Segundo informações da Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados, a maior redução ocorreu na categoria de legumes, com queda de 6,7%, influenciada pelas condições climáticas favoráveis. Entre os produtos de origem animal, os cortes bovinos recuaram de R$ 38,07 em julho para R$ 36,77 em agosto, queda de 3,4%. A carne suína passou de R$ 19,45 para R$ 18,87 (-3%), enquanto os ovos tiveram baixa de 4% no preço médio.

O levantamento indica que o aumento das taxações impostas pelos Estados Unidos reduziu o volume exportado de carnes e derivados de soja, ampliando a disponibilidade no mercado interno. Essa dinâmica colaborou para a queda dos preços, cenário que, segundo a Neogrid, deve manter-se estável nos próximos meses, favorecendo um quadro de inflação mais controlada.

Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos da empresa, ressalta que “o efeito não fica restrito à balança comercial, pois impacta diretamente o carrinho de compras dos brasileiros. Para os próximos meses a expectativa é de estabilidade, mas o mercado continua sensível a fatores como safra, logística e câmbio”.

Nem todos os itens seguiram a mesma trajetória. Em agosto, creme dental (1,9%), margarina (1,7%), óleo de soja (1,6%) e sal (1,6%) tiveram elevação. No setor de bebidas e lazer, a cerveja subiu 1,2%.

De dezembro de 2024 a agosto de 2025, o café lidera as altas com variação de 37,6%, atingindo preço médio de R$ 73,75 por quilo. Também apresentaram incremento a margarina (6,3%), o creme dental (5,7%), o pão (2,1%) e os refrigerantes (1,3%).

Na região Sul, o estudo da Neogrid mostrou que desinfetantes (+3,2%), detergente líquido (+2,8%) e sabonete (+2,5%) foram os produtos com maior alta em julho. Já legumes (-4,4%), feijão (-2,9%) e leite UHT (-1,7%) registraram recuo.

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