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Brasil precisa exportar mais milho para reduzir estoques

Mercado de milho segue lento


Foto: Pixabay

Segundo análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), referente ao período de 19 a 25 de setembro e publicada nesta quinta-feira (25), os preços do milho no Brasil apresentam “viés de alta, porém ainda muito fraco”. A Ceema informou que “a média gaúcha fechou a semana em R$ 61,53 por saco”, enquanto “as principais praças locais se mantiveram entre R$ 59,00 e R$ 60,00”. No restante do país, “as principais praças trabalharam com valores entre R$ 52,00 e R$ 64,00 por saco”.

Com a colheita nacional da safrinha encerrada, o mercado volta sua atenção ao plantio da nova safra de verão. Segundo a Conab, até 20 de setembro “a semeadura atingia 20,8% da área esperada no país, contra a média de 18,2% nos últimos cinco anos”. O estado mais adiantado era o Rio Grande do Sul, com 66%, seguido por Paraná (44%) e Santa Catarina (35%). A Ceema relatou que “a cigarrinha começa a atingir as lavouras gaúchas”, enquanto no Paraná “a redução das chuvas no Norte do Estado impedia o avanço da área semeada, levando algumas áreas a apresentar sinais de déficit hídrico”. Em Santa Catarina, o plantio avança no Extremo-Oeste com “condições climáticas favoráveis ajudando a cultura em todos os estádios de desenvolvimento”. A expectativa é de uma safra nacional de verão entre 25 e 26 milhões de toneladas.

No Centro-Sul brasileiro, até 18 de setembro “o plantio chegava a 25% da área esperada”, segundo a AgRural.

A comercialização do milho segue lenta no país, pois produtores aguardam melhores preços. Analistas privados calculam que “a atual safrinha tenha sido comercializada em 56% de seu total no país, contra a média de pelo menos 60%”. Segundo a Brandalizze Consulting, “do total colhido no país (três safras), cerca de 59 milhões de toneladas de milho estariam ainda em mãos dos produtores rurais”. No Mato Grosso, 68% da safrinha de 2025 estaria negociada e 15% da safrinha de 2026 vendidos antecipadamente no início desta semana.

As exportações brasileiras de milho nos 15 primeiros dias úteis de setembro atingiram 4,7 milhões de toneladas, com “a média diária superando em 3,1% a média do mesmo mês do ano passado”. Segundo a Ceema, “o milho brasileiro continua mais caro do que o dos concorrentes, o que dificulta as exportações”. Ainda assim, a projeção é de exportar ao redor de 40 milhões de toneladas em 2025, mas “o país precisaria exportar 55 milhões para aliviar seus estoques”.

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