O clima vai ser o protagonista da safra?
“As projeções indicam alta probabilidade de uma La Niña fraca"

O clima surge como protagonista para a safra de verão 2025/2026, com o avanço da semeadura tornando as condições meteorológicas decisivas para a produtividade e a margem do produtor. Em um cenário de preços e taxa de câmbio pressionados, a eficiência no manejo das lavouras e a atenção ao regime de chuvas podem fazer diferença na colheita.
A Céleres destacou em seu informativo de outubro os possíveis impactos da La Niña sobre o clima e a produtividade da soja, segundo análise de Erickson Oliveira, analista de agronegócio da empresa. De acordo com as projeções, há alta probabilidade de uma La Niña fraca, cenário que tende a manter a produtividade próxima à média nacional, especialmente beneficiando produtores do Sul, historicamente mais vulneráveis à seca.
O Australian Bureau of Meteorology define os fenômenos El Niño e La Niña pelos desvios de ±0,8°C na temperatura do Pacífico, sendo que projeções de outubro indicam que a safra deve se manter próxima da neutralidade climática. A NOAA, por sua vez, reforça a probabilidade de uma La Niña de baixa intensidade, o que sugere precipitações próximas à média histórica dos estados brasileiros e produtividade estimada em 60,7 sacas de soja por hectare.
Em um contexto de elevados estoques globais, manter boas produtividades se torna estratégico para reduzir riscos de inadimplência, tema relevante diante dos altos custos de capital e margens apertadas no setor. O clima, aliado a um manejo eficiente, será determinante para garantir colheitas seguras e rentáveis na temporada 2025/2026.
“As projeções indicam alta probabilidade de uma La Niña fraca, cenário que tende a manter a produtividade próxima à média nacional. Um alívio importante para os produtores do Sul do Brasil, historicamente mais vulneráveis às perdas por seca”, escreveu.