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Camomila fortalece economia rural no Paraná

A cultura é destinada tanto ao mercado interno quanto à exportação


Foto: Pixabay

Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado na quinta-feira (23) pelos analistas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a camomila mantém relevância econômica nos municípios paranaenses onde é cultivada. O levantamento destaca que, embora a cultura represente pequena participação na produção agropecuária total, ela tem papel expressivo nas localidades especializadas.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná respondeu por 79,5% das 391 toneladas produzidas no país em 2017, segundo o último Censo Agropecuário. “O estado foi responsável por 311 toneladas, que geraram R$ 2,2 milhões em Valor Bruto da Produção (VBP), o equivalente a 91,5% do total nacional”, indica o boletim.

Naquele período, o município de Mandirituba, na região metropolitana de Curitiba, liderava o ranking nacional, com 11 estabelecimentos produtores e colheita de 55 toneladas, resultando em R$ 400 mil de VBP.

Os dados mais recentes do Deral mostram que, em 2024, a camomila cultivada em 2,3 mil hectares rendeu 1,1 mil toneladas e R$ 15 milhões em VBP. O Núcleo Regional de Curitiba concentrou 98,7% da produção estadual. “A planta é explorada em 16 dos 399 municípios do Paraná, sendo Mandirituba, São José dos Pinhais e Contenda os principais polos, somando 72,6% da produção”, detalha o documento.

A cultura é destinada tanto ao mercado interno quanto à exportação, classificada na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) 1211.90.90, que agrupa produtos medicinais sob a categoria “outros”. Segundo o boletim, as atividades de colheita, transporte e secagem da safra 2025 já foram concluídas, e a comercialização segue ao longo do ano, conforme a demanda industrial e de exportação.

O Deral ressalta que um dos principais desafios enfrentados pelos produtores é a dependência de intermediários, o que reduz a margem de lucro. “Grande parte dos agricultores é composta por pequenos produtores, que ainda não dispõem de estrutura própria de beneficiamento”, conclui o informe.
 

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