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Chuvas favorecem trigo, mas elevam risco de doenças

Preço da saca de trigo cai 1,44% em uma semana


Foto: Canva

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (9) pela Emater/RS-Ascar, a cultura do trigo no Estado avança para a fase final do ciclo, com lavouras apresentando bom desenvolvimento vegetativo e reprodutivo. A maior parte das áreas está entre os estádios de enchimento de grãos (58%) e maturação fisiológica (18%), enquanto as semeaduras mais tardias ainda se encontram em espigamento e floração (20%). A colheita, por sua vez, está no início e representa pouco menos de 1% da área cultivada.

O potencial produtivo se mantém elevado e varia conforme o nível tecnológico adotado e as condições locais. Nas lavouras de maior investimento, a uniformidade e a sanidade são elevadas, com expectativa de produtividade acima de 3.900 kg/ha. Já as áreas com menor tecnificação apresentam índices satisfatórios, sustentados principalmente pela regularidade das chuvas. Ainda assim, em algumas regiões, houve redução no número de espigas por metro quadrado devido a chuvas intensas após a semeadura e geadas no perfilhamento.

As condições meteorológicas recentes — com chuvas recorrentes, alta umidade e períodos de nebulosidade — contribuíram para o avanço do ciclo, mas também ampliaram o risco de doenças de espiga, especialmente giberela (Fusarium graminearum). Para conter o problema, os triticultores adotaram medidas preventivas, aplicando fungicidas de amplo espectro uma ou duas vezes por ciclo, priorizando o controle nas fases de floração e enchimento de grãos. As doenças foliares, como ferrugens e oídio, permanecem sob controle, enquanto bacterioses e podridões radiculares têm ocorrência localizada, principalmente em áreas com baixa rotação de culturas e solos compactados.

Os produtores acompanham de perto as condições climáticas durante a maturação e a colheita. Segundo o informativo, a manutenção da umidade elevada pode comprometer a qualidade industrial e o peso hectolitro dos grãos. “O cenário é de safra promissora, com boas perspectivas de produção e qualidade, se o tempo ficar estável durante a colheita”, aponta o boletim.

A área cultivada no Estado foi inicialmente projetada em 1.198.276 hectares, com estimativa de produtividade média de 2.997 kg/ha. O segundo levantamento da safra está previsto para divulgação no dia 16 de outubro.

Na comercialização, o preço médio da saca de 60 quilos apresentou queda de 1,44% em relação à semana anterior, passando de R$ 65,08 para R$ 64,14, conforme levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar.

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