Novo trimestre consolida recordes da suinocultura
Brasil amplia produção e oferta de carne suína
Foto: Pixabay
O Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado na quarta-feira (19) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), apontou que o terceiro trimestre de 2025 registrou “resultados históricos para a suinocultura brasileira”. Segundo a análise, entre julho e setembro o país alcançou os maiores volumes de produção, exportação, importação e disponibilidade interna de carne suína desde 1997, com base nos primeiros dados da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais do IBGE e do Agrostat/Mapa.
No período, foram produzidas 1,49 milhão de toneladas, o que representa, de acordo com o boletim, “um aumento de 4,7% (66,8 mil t) em relação ao recorde anterior”, registrado no segundo trimestre de 2025. Em comparação com o mesmo intervalo de 2024, houve acréscimo de 6,1% (85,1 mil t).
Desse total, 391,97 mil toneladas foram destinadas ao mercado externo, o equivalente a 26,3% da produção nacional. O boletim destaca que as exportações cresceram “4,7% (17,6 mil t) em relação ao recorde do trimestre anterior” e aumentaram “7,7% (28,1 mil t) na comparação com o mesmo período de 2024”.
A análise também registrou o maior volume de importações já observado, com 6,72 mil toneladas, correspondentes a 0,5% da produção brasileira. Segundo o documento, o resultado supera em “10,2% (622 t) o recorde anterior, do 1º trimestre de 2019” e em “28,3% (1,5 mil t) o volume do mesmo período do ano passado”. Do total importado, 93,4% foram miudezas, 6,4% carne suína in natura e 0,2% carne industrializada.
A disponibilidade interna alcançou 1,10 milhão de toneladas, considerado no relatório como “novo recorde nacional”. O volume excede em 44,3 mil toneladas (4,2%) o maior nível anterior, de 2023, e é 5,6% (58,5 mil t) superior ao registrado no terceiro trimestre de 2024.
O Deral também destacou que, nos últimos cinco anos, o terceiro trimestre superou o último em produção e exportação. A análise afirma que “espera-se que o mesmo aconteça neste ano” e que, caso haja novos avanços, a tendência é que “superem o recorde atual apenas de forma moderada”.