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Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado nesta quinta-feira (27) pelos analistas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a colheita das aveias no Paraná foi concluída com 470 mil toneladas, volume que, conforme o relatório, “representa um acréscimo de 33% em relação ao obtido em 2024”. A produção de aveia branca alcançou 247 mil toneladas, destinadas principalmente à indústria, enquanto a aveia preta somou 223 mil toneladas, com a maior parte voltada à semeadura dos campos para o ciclo seguinte.
O boletim destacou que, embora a colheita tenha ocorrido em cerca de 263 mil hectares, a cultura ocupa parcela significativa dos aproximadamente 2 milhões de hectares não utilizados com outros grãos de inverno ou de segunda safra. O Deral afirmou que a aveia “desempenha papel relevante no sistema de plantio direto, na rotação de culturas e na integração lavoura-pecuária”.
De acordo com os analistas, as produtividades foram consideradas normais e superiores às de 2024, quando a seca afetou amplamente a safra de inverno. Com rendimentos favoráveis e expansão de área, o Deral indicou que “o volume colhido em 2025 é o maior registrado em mais de dez anos”, impulsionando a diversificação produtiva no estado, especialmente no uso industrial da aveia branca.
Sobre os preços, o boletim registrou que as cotações atuais estão abaixo das verificadas há 12 meses, passando de R$ 55,65 para R$ 51,00 a saca de 60 kg. Entretanto, boa parte da aveia branca tem valores garantidos no momento do plantio, o que, segundo o Deral, “confere maior segurança ao produtor”. A aveia preta permanece com mercado limitado e tende a ser utilizada na própria propriedade.