Brasil deve bater novo recorde na produção de algodão

A safra 2025/26 de algodão no Brasil deve estabelecer um novo marco na produção, com 4,09 milhões de toneladas de pluma. O dado integra a primeira estimativa divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), segundo informações organizadas pelo Imea. Mesmo diante de uma leve queda na produtividade média, o país segue consolidando sua posição de destaque no mercado global.

De acordo com o levantamento, a área cultivada deve atingir 2,16 milhões de hectares, um crescimento de 3,54% em relação ao ciclo anterior. O avanço é puxado principalmente pela Bahia, que deve ampliar em 35 mil hectares sua área destinada ao algodão, mantendo-se como o segundo maior produtor nacional — atrás apenas do Mato Grosso.

Apesar do crescimento na área, a produtividade estimada caiu 2,74%, passando de 312,58 @/ha para 304,00 @/ha. A redução interrompe uma trajetória de recordes, mas não compromete o desempenho total da safra, que deve alcançar 9,85 milhões de toneladas de algodão em caroço, alta de 0,70%.

A produção de pluma, matéria-prima essencial para a indústria têxtil, é o destaque: com previsão de 4,09 milhões de toneladas, o Brasil poderá estabelecer um novo recorde. Esse desempenho reforça a importância estratégica do país no abastecimento global da fibra.

Segundo informações do Imea, a colheita da safra 2024/25 já está praticamente concluída, com 99,90% da área colhida até 19 de setembro. A conclusão dos trabalhos em campo abre espaço para a preparação da próxima temporada, cujo cenário permanece promissor.

Mesmo com desafios climáticos e logísticos, os números reafirmam a resiliência do setor algodoeiro brasileiro e seu papel estratégico no agronegócio mundial.