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Paraná projeta safra histórica de cevada em 2024/25

Geadas não impedem alta produção de cevada no estado


Foto: Canva

Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado nesta quinta-feira (25), elaborado pelos analistas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Paraná registra área recorde destinada à cevada, com potencial de produção histórica. “Entre abril e julho foram semeados 103 mil hectares, aumento de 26% sobre a área colhida em 2024”, apontou o Deral.

As lavouras vêm apresentando bom desenvolvimento até o momento, mas o boletim destaca eventos que causaram prejuízos pontuais. “No final de junho as geadas afetaram áreas em florescimento em alguns municípios que plantam cedo, e posteriormente outras lavouras que atravessavam as fases de formação das espigas em setembro enfrentaram déficit hídrico. Este último problema foi interrompido pelas chuvas da semana anterior, porém estas vieram acompanhadas de ventos fortes, acamando lavouras”, informou o Deral. O órgão acrescentou que “esses problemas ficaram restritos a porções pequenas das lavouras e podem ser compensados pela boa situação em outras localidades”.

A colheita, que atualmente atinge 12% da área, já avançou sobre regiões afetadas pelas geadas, refletindo em produtividades menores nas áreas colhidas. “Há expectativa da melhora dos rendimentos com a evolução da colheita ao longo de outubro e novembro”, avaliou o Deral. O relatório de safra de setembro projeta produção de 449 mil toneladas, 43% superior à obtida em 2024 (311,6 mil toneladas). Para esse número se confirmar, “o desenvolvimento das lavouras precisa continuar acontecendo de maneira adequada”, disse o Deral. No momento, 92% da área de cevada está em boas condições e, caso estas persistam, podem sustentar a boa perspectiva.

O Deral avalia que o recorde da cevada pode contribuir para uma safra de grãos recorde como um todo, encerrando o ciclo 24/25. “Com as colheitas de inverno acontecendo de maneira satisfatória, se desenha uma safra em torno de 46 milhões de toneladas neste ciclo que vai se encerrando”, destacou o boletim. O volume indica recuperação dos efeitos climáticos que prejudicaram a safra 23/24, quando foram colhidas 38,48 milhões de toneladas, e superaria o recorde de 45,48 milhões de toneladas do ciclo 22/23.

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