Captação de leite no Brasil sobe 9,3% no 2º trimestre
EUA lideram compras de lácteos goianos em julho

De acordo com informações divulgadas na edição de setembro do boletim mensal Agro em Dados, publicado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, a captação formal de leite no Brasil atingiu aproximadamente 6,5 bilhões de litros no segundo trimestre de 2025, segundo estimativas preliminares do IBGE. O volume representa crescimento de 9,3% em relação ao mesmo período de 2024. “Mesmo sendo tradicionalmente um trimestre de entressafra, houve aumento de 0,1% frente ao primeiro trimestre, resultado inédito na série histórica”, aponta o boletim.
No 386º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), o preço médio dos produtos lácteos negociados foi de US$ 4.291 por tonelada, refletindo estabilidade no mercado em termos de preços e volumes. O leite em pó integral, principal item comercializado e referência para preços no GDT, registrou leve alta de 0,3%, sendo o único produto entre os negociados a apresentar variação positiva.
Em Goiás, a estimativa para o Valor Bruto da Produção (VBP) do leite é de alcançar R$ 5,89 bilhões em 2025, crescimento de 6,7% frente ao ano anterior, quando somou R$ 5,52 bilhões. “Apesar da evolução em termos absolutos, a participação relativa do leite no VBP agropecuário estadual caiu de 5,2% em 2024 para 4,9% em 2025”, informa o documento. Segundo o boletim, essa redução não se deve à retração da atividade, mas ao avanço do VBP total do estado, que subiu de R$ 105,9 bilhões em 2024 para R$ 120,1 bilhões em 2025, expansão de 13,4%. Dessa forma, a menor representatividade do leite decorre do crescimento mais acelerado de outros segmentos do agronegócio goiano.
No mercado externo, as exportações de lácteos produzidos em Goiás em julho apresentaram retração em relação ao mês anterior devido à ausência de embarques para o Chile, segundo principal destino das vendas. “Nesse período, apenas os Estados Unidos importaram produtos lácteos goianos, com volume de 62,0 toneladas”, diz o boletim. Apesar da queda pontual, o desempenho acumulado de janeiro a julho de 2025 segue positivo, com avanço de 27,2% em volume exportado quando comparado a 2024, totalizando 411,0 toneladas exportadas.