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Gestão da Agricultura Familiar é tema de tarde de campo em Alto Feliz

Como parte das ações do PGSAF, a Emater/RS-Ascar realizou na última sexta-feira (05/10), uma tarde de campo com a participação de cerca de 40 pessoas


Como parte das ações do Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar (PGSAF), a Emater/RS-Ascar realizou na última sexta-feira (05/10), na propriedade da família Vedoia, de Alto Feliz, uma tarde de campo com a participação de cerca de 40 pessoas. Na ocasião foram três estações, em que foram abordadas a correta armazenagem de agrotóxicos na propriedade rural, as estratégias para o controle da população de nematoides e a importância das boas práticas para a produção de alimentos.

Uma quarta estação apresentou os detalhes do PGSAF, política pública operacionalizada pela Emater/RS-Ascar por meio de convênio com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR). No Estado, o Programa atende 40 mil famílias e visa a apoiar os participantes em ações que permitam o aumento da renda, a racionalização dos custos de produção, a redução da penosidade no trabalho, o planejamento da propriedade como um todo, a sustentabilidade e o acesso a políticas públicas.

A tarde de campo, ferramenta que tem sido utilizada em todos os 55 municípios dos vales do Taquari e Caí que integram o Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, se soma a outras atividades individuais e coletivas que visam a compartilhar experiências e conhecimentos técnicos a respeito daquilo que está sendo desenvolvido na propriedade, a partir do PGSAF. ?Nesse sentido, o programa busca coletar indicadores sobre a evolução das condições econômicas, ambientais e sócias das famílias envolvidas?, destaca o gerente regional da Emater/RS-Ascar, Marcelo Brandoli.

O anfitrião da tarde, Edson Vedoia, valorizou a oportunidade de trocar experiências e de receber produtores na propriedade que divide com a esposa Maria e com três filhos. ?A gente sempre tem o que aprender?, comenta, lembrando que o nematoide já foi um ?problema? no passado. No local a família planta pepino, pimentão, tomate, vagem, cebola, rabanete e beterraba, que serão processados e comercializados por meio da recém-inaugurada Agroindústria de Conservas Gabriela (ver box).

Agroindústria Gabriela é inaugurada

Como parte da programação da tarde, a família Vedoia recebeu das mãos de representantes da Emater/RS-Ascar o documento que torna oficialmente apta a Agroindústria de Conservas Gabriela, nas esferas sanitária, tributária e ambiental, para a realização de suas atividades. ?Para nós é uma grande alegria ver a agroindústria legalizada e apta para vender para além da informalidade?, aponta Edson, que projeta uma venda de cerca de 400 vidros de 300 gramas de pepinos em conserva por mês.

A ideia para a formalização da agroindústria ocorreu há cerca de três anos, quando Edson percebeu o potencial do mercado, a partir da comercialização de pepinos in natura e da venda informal. A possibilidade de agregar renda também foi outro aspecto que o levou a procurar a Emater/RS-Ascar e o Programa Estadual de Agroindústria Familiar da SDR. ?Enquanto o pepino em conserva chega a alcançar um preço de R$ 4,00 o vidro de 300 gramas, o produto in natura é vendido no verão por R$ 1,00 o quilo?, compara.

Pensando na expansão do mercado, Edson plantou mudas de citros, de figos e de amoras que, futuramente, servirão para a produção de geleias. ?A gente nota que há uma forte demanda por produtos feitos com qualidade?, avalia, explicando que a comercialização é toda feita na propriedade. Nesse sentido, o PGSAF deverá ser um aliado. ?A gente coloca as coisas no papel e consegue analisar melhor qual o rumo que devemos dar para a propriedade?, pondera.

Proprietário de uma pizzaria em Caxias do Sul e amigo pessoal de Edson, Eduardo Leite Ritter pretende, com a formalização, adquirir produtos da agroindústria, sem que haja qualquer barreira legal. ?Antes comprava para consumo próprio e agora oferecerei cebola, pepino e beterraba no restaurante?, afirma. Para o prefeito de Alto Feliz, Paulo Mertins, cabe aos gestores municipais valorizar os pequenos empreendimentos, que só se tornam viáveis com o trabalho em parceria.

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