Milho sobe em Chicago com apoio da demanda

O mercado futuro de milho encerrou a sessão em alta na Bolsa de Chicago, sustentado principalmente pela demanda e por fatores técnicos que vêm orientando os negócios nas últimas semanas. De acordo com a TF Agroeconômica, os contratos mais negociados registraram avanço moderado, mantendo o viés positivo observado recentemente.

O vencimento março fechou com valorização de 0,73%, cotado a 450,50 centavos de dólar por bushel, enquanto o contrato maio subiu 0,77%, encerrando o dia a 458,50 centavos. O desempenho reflete a força das exportações, que tem sido o principal suporte das cotações, embora o mercado ainda opere dentro de uma faixa lateral observada desde outubro.

Nas últimas sessões, o milho atingiu novas máximas diárias em cinco dos últimos seis pregões, sinalizando um movimento altista consistente no curto prazo. Em contrapartida, dados recentes do relatório Commitment of Traders mostram que os fundos mantêm uma posição líquida vendida próxima de 53 mil contratos, após vendas significativas na semana encerrada em 16 de dezembro, o que limita movimentos mais agressivos de alta.

No cenário internacional, a situação da Argentina também entra no radar. O plantio do milho está em 77,7% da área prevista e as condições das lavouras ficaram levemente abaixo do esperado, em 87%, número bem superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Apesar disso, o clima na América do Sul, de forma geral, ainda não inspira preocupação suficiente para justificar prêmios climáticos mais elevados.

Outro fator de sustentação vem da Ucrânia, cujas exportações mais lentas mantêm os compradores globais concentrados na oferta dos Estados Unidos. No curto prazo, o mercado testa níveis técnicos importantes, com possibilidade de novas compras acima de determinadas resistências, embora haja expectativa de realização de lucros caso as cotações avancem para patamares mais elevados.