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Sol e chuva fraca deixam mais verde a lavoura dos Zudrever

Agricultor Roni Zudrever diz que não tem do que reclamar nesta safra


Nesta época tem muita gente com a cabeça na praia, pensando se sai sol ou se cai chuva. Mas os agricultores torcem mesmo é por uma boa lavoura. De domingo para segunda teve pancada de chuva na região. Por incrível que pareça, as hortaliças adoraram. No bairro Mato Grande, os quase quatro hectares de campo da família Zudrever estão bem verdinhos.

O agricultor Roni Zudrever, 44, circula pelo eito de terra seguido de perto pelos nove cuscos que acabaram pedindo paragem na propriedade. Ele colhe rúcula, mostarda e beterraba e mostra que o efeito do calor com a umidade fez os alimentos darem aquela inchada e ganharem boa cor e tamanho. “Estamos indo na Ceasa às terças, quintas e sextas e não tem do que reclamar de preço”, destaca. “Só lamento que estou com pouco tomate e justo agora o tomate pegou bom preço por caixa.” O importante é que o clima não exagere na dose, caso contrário, os raios nas raízes molhadas farão tudo apodrecer. “Por enquanto faz um mês que tem esse sol com alguma chuva e elas estão respondendo bem”, conta. “O milharal está bem verdinho e para o fim de março vem o aipim.”

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), tem chuva prevista para quinta e para sexta-feira. A precipitação mais forte será registrada na sexta. Não falta torcida para que o tempo continue ajudando, mas, sabe como é: em se tratando de Canoas, o céu é sempre imprevisível.

Nova Santa Rita – Na cidade vizinha de Canoas é período de entressafra. Conforme a Emater da região, o agricultor trabalha mais no preparo do solo. É época da colheita final do melão. Como é muito quente, os trabalhadores já se organizam para recomeçar em fevereiro. A entidade salienta a importância dos produtores investirem no seguro agrícola para não serem surpreendidos e amargarem prejuízo com uma virada brusca do tempo.

Cotação da Ceasa (12/1/2018)

Alface americana (dúzia) – de R$ 6 a R$ 8
Beterraba (quilo) – de R$ 0,80 a R$ 1,50
Brócolis (dizia) – de R$ 15 a R$ 25
Cebola nacional (quilo) – de R$0,65 a R$ 1,25
Couve – (dúzia) – de R$ 5 a R$ 8
Espinafre (dúzia) – de R$ 12 a R$ 18
Cenoura – R$ 0,80 a R$ 1,60
Tomate Gaúcho (quilo) – de R$ 2,50 a R$ 4
Tomate Longa Vida (quilo) – de R$ 2 a R$ 3,50

Tomate longa vida: sempre aquela expectativa

É pena que o agricultor Roni Zudrever não consiga trabalhar com o tomate de Canoas agora. De acordo com o informativo mais recente da Emater, a safra de tomates da região Serrana gaúcha e catarinense está com oferta menor devido às temperaturas reduzidas ocorridas no último período. Tal situação climática promoveu uma diminuição na velocidade de aprontamento da cultura, deixando o abastecimento não plenamente atendido no momento. Por outro lado, houve dificuldade na aquisição desta hortaliça-fruto fora do Estado para suprir as necessidades de abastecimento. Neste início de semana, o preço do tomate na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), mercado que depende da oferta, teve sua cotação elevada em relação à semana anterior por volta de 30%. A entrada de tomates de fora do RS para nosso mercado atacadista na última terça-feira foi de 35%. O preço médio relativo aos últimos três anos para janeiro foi de R$ 2,26/kg, menor, portanto, que o preço alcançado na última terça feira, de R$ 3,25/kg.

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