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Manejo e Tecnologias da Soja são apresentados em Dia de Campo em Cerro Largo

Evento foi realizado junto à URT, acompanhada pela Emater/RS-Ascar, de propriedade de João Adeum e Cleci Ledur


Foi junto à lavoura, onde é adotado o Manejo Integrado de Pragas e Doenças, que os participantes do Dia de Campo sobre Soja acompanharam, nesta quinta-feira (14/03), em Cerro Largo, orientações técnicas em cinco estações. O evento foi realizado junto à Unidade de Referência Tecnológica (URT), acompanhada pela Emater/RS-Ascar, de propriedade de João Adeum e Cleci Ledur.

No dia de campo promovido pela Emater/RS-Ascar, com o apoio da Prefeitura de Cerro Largo, Cresol e Universidade Federal da Fronteira Sul, foram apresentadas estações sobre Manejo Integrado das Pragas da Soja (MIP), Manejo Integrado de Doenças (MID), manejo de solo, tecnologias de aplicação e segurança e soberania alimentar.

A agricultora Cleci Ledur relata que a propriedade está alcançando já a quarta geração da família Ledur. "A área pertencia aos avós do João, depois os pais construíram sua história e agora nós estamos trabalhando junto com nosso filho, Guto. É muito importante estabelecer um contexto favorável para a sucessão familiar", relatou, ao destacar a busca constante pelo conhecimento.

Cleci, que recentemente cursou a graduação em Agronomia, também destacou a importância da aproximação com a Assistência Técnica da Emater/RS-Ascar e da realização do Manejo Integrado de Pragas na propriedade. "Foi muito importante este acompanhamento semanal feito pela engenheira agrônoma do Escritório Municipal, a Carla, para acompanhar os níveis de controle. É preciso entender que o resultado não é somente o volume de produção, mas o custo de produção que se tem, para ver o quanto sobra no final. Neste ano chegamos próximo a não ter necessidade de fazer aplicação alguma de inseticida", relatou a agricultora. 

O diretor da Cresol, Carmo Lauro Lunkes, destacou a importância de unir esforços para fortalecer comunidades e estimular os jovens que decidiram permanecer no meio rural. Em sua fala, o gerente regional da Emater/RS-Ascar, Ademir Renato Nedel, afirmou que a Instituição está à disposição na busca de soluções e tecnologias que contribuam em resultados favoráveis a seu público assistido, em parâmetros sociais, ambientais e econômicos.

O secretário municipal da Agricultura e Expansão Econômica, Nelson Sulzbacher, destacou a importância da agricultura para a economia regional e do país, assim como a relevância da adoção de práticas como o MIP para resultados econômicos favoráveis aos agricultores. 
Entre as lideranças presentes também estiveram o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar em Sistemas de Produção Vegetal, Gilmar Vione, e o supervisor microrregional Rubens Tesche. 

Tecnologia de Aplicação

Orientações sobre tecnologia de aplicação foram compartilhadas pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar de Cândido Godói, Elton Naumann. Foram enfatizadas a importância do conhecimento e da sensibilidade do aplicador, características dos produtos, condições climáticas para aplicação de defensivos, densidade e número de gotas relacionadas aos tipos de produtos, regulagem do pulverizador e ajustes da vazão. 

Manejo do Solo

A importância de práticas conservacionistas do solo foi reiterada na estação conduzida pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar de Salvador das Missões, Jaderson dos Anjos Toledo. Receberam destaque orientações sobre descompactação do solo e rotação de culturas. "Se tem cada vez mais variedades de soja com alto potencial produtivo, no entanto, para que a planta possa expressar esse potencial. é preciso que se tenha cuidado desde a base, que é o solo", afirmou Jaderson. 

Manejo Integrado das Pragas da Soja (MIP)

A engenheira agrônoma da Emater/RS-Ascar de Cerro largo, Carla Sausen, foi a responsável pela estação que esclareceu os benefícios e o funcionamento do MIP. Diminuir os riscos de contaminação ambiental, diminuir os riscos de contaminação do homem, reduzir custos e reduzir a possibilidade de desenvolvimento de resistência estão entre as principais vantagens apresentadas. 

Carla frisou, entretanto, que "se trabalha com níveis de controle confiáveis, confirmados pela pesquisa, para não colocar em risco a produção. Apenas uma aplicação que se deixa de fazer representa uma economia significativa para o produtor e um ganho ambiental importante". A engenheira agrônomo e o técnico em agropecuária Inácio Ledur realizaram o acompanhamento mensal da lavoura da família. 

Manejo Integrado de Doenças (MID)

A coordenadora do curso de Agronomia da UFFS, campus Cerro Largo, professora Juliane Ludwig, apresentou orientações sobre o Manejo Integrado de Doenças (MID) na cultura da soja, com destaque para a importância do planejamento e do monitoramento para diminuição de riscos e decisões mais eficientes em relação ao manejo. 

Segurança e Soberania Alimentar

Na estação sobre segurança e soberania alimentar, a assistência técnica regional social da Emater/RS-Ascar, Vanessa Gnoatto, ao apresentar o gasto anual com alimentação da família Ledur, deu ênfase para a produção de autoconsumo em hortas e pomares domésticos como uma opção saudável, sustentável e econômica.

Levando em conta que três pessoas estão diariamente na propriedade, o levantamento realizado pela Emater/RS-Ascar junto à família apontou um gasto anual com alimentação de R$ 15.904,65. Deste montante, a produção própria de alimentos corresponde a uma média de R$ 13.337,20, ou seja, a família precisa desembolsar apenas em torno de R$ 2.567,45 por ano em alimentos comprados fora da propriedade. O grau de autossuficiência alimentar da família chega a 83,9%, representando uma economia aproximada de 13,36 salários mínimos ao ano. "Sinto muita tranquilidade e segurança ao ver a mesa repleta de alimentos produzidos na propriedade, porque sei que minha família estará bem alimentada, sendo que até minha filha que não mora mais com a gente pode vir buscar alimentos quando quiser", comentou Cleci. 

A extensionista social da Emater/RS-Ascar, Gilce Grando, destacou que se vive em um contexto favorável para a produção de autoconsumo na região. "Vivemos em uma região de solo fértil, com disponibilidade de água e conhecimento acumulado de gerações para a produção de alimentos", reiterou. 

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