Soja fecha em alta em Chicago

A soja encerrou o pregão desta quinta-feira (17) em alta na Bolsa de Chicago (CBOT), refletindo o fortalecimento da demanda interna norte-americana e novas incertezas sobre o comércio com a China. Segundo análise da TF Agroeconômica, o contrato para novembro subiu 0,42%, ou 4,50 cents/bushel, fechando a US$ 1.010,75. O contrato de janeiro avançou 0,41%, a US$ 1.028,50. No segmento de derivados, o farelo de soja para dezembro teve alta de 0,36%, a US$ 276,9/ton curta, enquanto o óleo para o mesmo mês subiu 0,14%, a US$ 50,87/libra-peso.

De acordo com a consultoria, o movimento de valorização foi sustentado por um relatório sobre moagem que trouxe fôlego ao mercado, após um desempenho mais fraco no dia anterior. A demanda interna dos Estados Unidos segue aquecida, com forte ritmo de processamento. No entanto, ainda persistem dúvidas sobre o impacto das recentes tensões comerciais, especialmente após a possibilidade de suspensão da compra de óleo de cozinha da China pelo governo americano.

Apesar da especulação, analistas avaliam que essa medida teria efeito limitado sobre o mercado. As vendas chinesas de óleo de cozinha para os EUA somaram US$ 1,2 bilhão em 2024, enquanto as exportações de soja americana para o país asiático alcançaram US$ 12,6 bilhões no ano passado, segundo dados citados pela Bloomberg.

A TF Agroeconômica ressalta que importadores chineses podem reduzir temporariamente o ritmo de compras de grãos na América do Sul devido aos altos custos com prêmios portuários. Ainda assim, a falta de acordos comerciais e os custos logísticos nos Estados Unidos podem levar a China a trabalhar com estoques mínimos até a chegada da nova safra brasileira, o que mantém o mercado atento aos próximos desdobramentos.