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Exportação de arroz requer atenção a requisitos de qualidade

Demanda externa impulsiona arroz brasileiro


Foto: Pixabay

A demanda internacional por arroz em casca segue em expansão, com crescimento concentrado em países da América Latina e destaque para a América Central como principal destino. O movimento reforça a qualidade e a conformidade fitossanitária do produto brasileiro. De acordo com a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), o avanço das exportações gera empregos e renda nas regiões produtoras, especialmente no Rio Grande do Sul, além de auxiliar na gestão dos estoques e contribuir para a sustentação dos preços.

O presidente da entidade, Denis Dias Nunes, afirma que o Estado responde por 70% da produção nacional. “Contudo, o setor enfrenta desafios como a volatilidade dos preços, os custos logísticos e as questões estruturais, demandando um foco contínuo em inovação, sustentabilidade e na abertura de novos mercados”, avalia. Ele acrescenta que “o êxito nas exportações reafirma o potencial do agronegócio brasileiro e sua relevância para a segurança alimentar global”.

Para participar do mercado externo, o produtor precisa observar requisitos específicos. O diretor Técnico de Mercado, Política Agrícola e Armazenagem da Federarroz, Juandres Hörbe Antunes, recomenda que o primeiro passo é buscar uma corretora de confiança, com histórico consolidado no setor. Segundo ele, o segundo ponto é atender aos parâmetros de qualidade exigidos, que incluem mais de 56% de grãos inteiros e até 2% de impureza. Antunes explica que “algumas vezes depende um pouquinho de tolerância, mas a gente tem que sempre tentar colocar nesse padrão de qualidade, até porque nós somos remunerados muitas vezes fora daqui, ou seja, o nosso comprador quer o nosso produto porque ele realmente tem muita qualidade, então, ele é 56% acima de inteiros, ele tem menos de 2% de impureza, ele segue alguns outros critérios de descascado, manchado, picado, que, sinceramente, vem nos contratos e são amplamente explicados pelos corretores”. Ele reforça ainda a necessidade de manter 13 pontos de umidade, considerado parâmetro essencial.

O diretor ressalta também a importância de observar os prazos contratuais. Segundo Antunes, a exportação opera com “timing” definido tanto para entrega quanto para pagamento. “A maior parte das empresas utilizam os cinco dias úteis, mas tem algumas que utilizam 72 horas após descarregar, mas isso é importante também, conversar bem com o corretor, ver bem o contrato, para que não haja surpresas, para programar o seu fluxo de caixa”, recomenda. Ele lembra que esses prazos diferem dos praticados pela indústria local, onde o pagamento costuma ocorrer logo após a saída do caminhão da propriedade.

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