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Algodão inicia outubro em queda e atinge menor preço em dois anos

Entre os principais vetores da queda está a baixa paridade de exportação


Foto: Pixabay

Os preços do algodão em pluma abriram outubro em forte retração, segundo o Cepea. No dia 3, a cotação doméstica atingiu o menor patamar em mais de dois anos, influenciada por fatores internacionais e domésticos. Entre os principais vetores da queda está a baixa paridade de exportação, que recuou ao menor valor nominal desde dezembro de 2020. A desvalorização do dólar frente ao real agrava a competitividade externa da pluma brasileira, pressionando o mercado interno.

Além disso, os estoques globais elevados contribuem para um cenário de oferta abundante. No Brasil, a colheita recorde da última safra começa a ser comercializada com mais intensidade no spot, aumentando a disponibilidade e impactando as cotações.

Diante desse contexto, parte dos vendedores opta por reduzir os preços para viabilizar negócios, fazer caixa ou liquidar estoques específicos. Ainda assim, a demanda permanece contida, refletindo cautela na reposição por parte das indústrias.

A combinação de oferta elevada, baixa atratividade exportadora e consumo interno retraído cria um ambiente desafiador para o setor algodoeiro. Os próximos movimentos dependerão da recuperação do dólar e do apetite da indústria nacional. Com a proximidade do período de planejamento da nova safra, o comportamento dos preços nas próximas semanas será decisivo para as decisões de plantio e comercialização do ciclo 2025/26.

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