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Alta reprodução e danos silenciosos: nematoides desafiam a produtividade

Tecnologia da Ballagro amplia controle ao atacar todas as fases do ciclo do nematoide


Foto: Arquivo Agrolink

Praga invisível pode causar até dez gerações por ano no solo, exigindo novo modelo de manejo integrado

Os nematoides, pragas microscópicas que habitam o solo, estão entre os maiores desafios fitossanitários da agricultura brasileira. Segundo Felipe Biazola, gerente de produtos biológicos da Ballagro, esses organismos são uma "ameaça invisível" que se multiplica silenciosamente e, quando os sintomas se tornam visíveis, os danos já são severos.

“Muitas vezes os produtores só percebem o problema quando aparecem reboleiras, sinais que indicam que a população já está muito alta e comprometendo severamente a produtividade”, explica Biazola.

Multiplicação acelerada exige estratégias sistêmicas

Uma das principais dificuldades no controle dos nematoides é sua alta capacidade reprodutiva. Algumas espécies podem gerar de cinco a dez gerações em um único ciclo produtivo. Isso exige que o manejo não se limite ao controle imediato, mas envolva um planejamento de longo prazo.

“É fundamental pensar no sistema produtivo como um todo. Precisamos considerar a cultura atual, a sucessão de plantios e o manejo do solo para quebrar o ciclo de reprodução dos nematoides”, defende o especialista.

Tratamentos convencionais são limitados

Tanto os defensivos químicos quanto os biológicos tradicionais atuam principalmente na proteção da planta durante o plantio. Segundo Biazola, isso não é suficiente diante da dinâmica populacional dos nematoides.

“Eles protegem a planta, mas não reduzem de forma eficaz a população no solo. Isso permite que o problema persista e se intensifique safra após safra”, aponta.

Nova abordagem foca no solo e no ciclo reprodutivo

A Ballagro desenvolveu uma nova estratégia com o produto Neonemastelos, que oferece flexibilidade de aplicação e controle sobre todas as fases do nematoide – do ovo à fase juvenil.

“Nosso diferencial é atuar diretamente no solo, antes mesmo da infecção ocorrer. E fazemos isso com flexibilidade: via sulco, barra ou irrigação, garantindo cobertura uniforme e ação em profundidade”, afirma Biazola.

A tecnologia do produto protege os microrganismos mesmo em condições adversas como altas temperaturas, baixa umidade e radiação solar, mantendo sua eficácia no ambiente de campo.

Integração com outras práticas potencializa resultados

Essa nova ferramenta pode ser usada em conjunto com estratégias já conhecidas pelos produtores, como manejo cultural e rotação de culturas.

“O objetivo é criar um ambiente mais equilibrado, que favoreça organismos benéficos e limite a reprodução dos nematoides. Ao combinarmos essa solução com outros manejos, conseguimos reduzir significativamente a população da praga ao longo do tempo”, conclui.

Próximos passos: conscientização e monitoramento

Para Felipe Biazola, a adoção de manejos integrados e sustentáveis será decisiva para enfrentar os impactos dos nematoides. Além disso, ele defende maior conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e do monitoramento constante.

“Só assim conseguiremos evitar prejuízos e garantir a longevidade produtiva das áreas cultivadas. O nematoide é invisível, mas suas consequências são muito reais.”

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