Erva-mate mantém colheita e enfrenta mercado lento
Regiões registram diferenças no preço da erva-mate
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O Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (6) aponta que o cultivo de erva-mate mantém desenvolvimento regular nas principais regiões produtoras do Rio Grande do Sul. Em Caxias do Sul, a entidade informa que os ervais “estão em desenvolvimento e recebendo tratos culturais”, com manejo dos ramos baixeiros e colheita em andamento. Segundo o levantamento, “os preços variam entre R$ 10,00 e R$ 16,00 por arroba de erva convencional, e entre R$ 12,00 e R$ 16,00 por arroba de erva orgânica”.
Em Erechim, a produtividade permanece dentro da média regional, alcançando cerca de 900 arrobas por hectare. Contudo, os produtores relatam descontentamento com os valores pagos pela indústria. De acordo com o informe, “os preços seguem desfavoráveis, em média R$ 14,00 por arroba na porta da indústria”, sem expectativa de melhora.
Na região de Passo Fundo, avançam as tratativas para o recebimento do certificado de registro da Indicação Geográfica (IG) Erva-mate Região de Machadinho, previsto para a segunda quinzena de novembro. O documento será entregue pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial à Associação dos Produtores de Erva-Mate de Machadinho, configurando a primeira IG do setor no Estado. A região também iniciou um programa de monitoramento da flutuação de insetos por meio de armadilhas instaladas em parceria com Apromate, Embrapa Florestas, Emater/RS-Ascar, prefeitura e Fundação Solidaridad. As exportações seguem em ritmo estável, e a compra de erva-mate cancheada destinada ao envelhecimento tem aumentado. Os preços repassados à indústria variam entre R$ 18,00 e R$ 20,00 por arroba, dependendo do tipo de produto.
Em Soledade, a cultura encontra-se em fase de brotação e início da floração, com condições climáticas consideradas propícias. O informativo destaca que os produtores já iniciaram o manejo preventivo contra broca-da-erva-mate e ampola-da-erva-mate. Embora a colheita prossiga, o período de brotação reduz a qualidade da erva destinada ao chimarrão. A comercialização permanece lenta, com valores entre R$ 6,00 e R$ 8,00 por arroba pagos aos tarefeiros, enquanto o preço ao produtor varia de R$ 14,00 a R$ 18,00 nas ervateiras.