Mercado de trigo segue lento no fim do ano
Em Santa Catarina, o ambiente segue travado
Em Santa Catarina, o ambiente segue travado - Foto: Paulo kurtz/ Embrapa
O mercado de trigo mantém ritmo reduzido na reta final do ano, com operações limitadas e pouca disposição de compra. Segundo a TF Agroeconomica, a lentidão se estende pelas principais regiões produtoras, mesmo com ajustes pontuais de preços e avanço da colheita. No Rio Grande do Sul, os moinhos trabalham com valores entre R$ 1.100,00 e R$ 1.150,00, enquanto no porto as indicações chegam a R$ 1.180,00 para dezembro e R$ 1.190,00 para janeiro. O trigo destinado à ração segue próximo de R$ 1.120,00 e R$ 1.130,00, e o preço ao produtor permanece em R$ 54,00 em Panambi, sem sinais de mudança no curto prazo.
Em Santa Catarina, o ambiente segue travado, influenciado pela preparação dos moinhos para o período de férias e pelo recebimento de volumes ainda ligados à colheita. As negociações acontecem em lotes pequenos entre R$ 1.100,00 e R$ 1.120,00 FOB, enquanto ofertas de R$ 1.130,00 a R$ 1.150,00 CIF não encontram vendedores dispostos. Os valores pagos ao produtor repetem estabilidade em algumas regiões e pequenas correções em outras, variando de R$ 60,00 a R$ 66,00 por saca.
No Paraná, o ritmo de fim de ano também reduz a movimentação. As indicações dos moinhos oscilam entre R$ 1.170,00 e R$ 1.250,00 CIF, e vendedores mantêm pedidos entre R$ 1.200,00 e R$ 1.250,00 FOB. O trigo importado ganha espaço, com preços entre US$ 240 e US$ 260 e vantagem frente ao produto doméstico. A atualização dos custos pelo DERAL diminuiu o prejuízo ao produtor, que recebe R$ 63,73 por saca, porém abaixo dos níveis que permitiram margens positivas no início da temporada.