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Custos do leite cru encerram outubro com deflação de 0,95%

Queda dos insumos favorece produtores de leite do RS em outubro


Foto: Divulgação

O Índice de Insumos para Produção de Leite Cru do Rio Grande do Sul (ILC) encerrou outubro com uma leitura de deflação de 0,95%, conforme relatório divulgado pela equipe econômica da Farsul nesta quarta-feira (03/12).No período, houve uma queda dos principais insumos da cesta que compõem o ILC. Do lado da alimentação, queda na soja e no milho, além de uma queda de 0,5% na silagem, e de 0,6% no concentrado.

O grande destaque, entretanto, foi a redução de 4% no preço dos fertilizantes, graças às quedas na cotação internacional do petróleo, o que impacta diretamente na importação desses insumos. Também houve queda, de 0,03%, no preço da energia elétrica, quebrando um ciclo de sete meses seguidos de altas.Em contrapartida, houve aumento no preço de combustível, de 1,7%, um reflexo do recente aumento no preço da gasolina. Essa alta, entretanto, não foi o suficiente para mudar o panorama deflacionário do índice no período.No acumulado do ano, o indicador apresenta deflação de 4,2%, em linha com o IPA-DI, da FGV, que apresenta recuo de 3,53%. A elevada correlação entre ambos os indicadores confirma o arrefecimento dos preços no atacado e dos insumos agropecuários.Nos últimos 12 meses, o indicador registra uma variação acumulada de 2,05%.

A decomposição da cesta de insumos revela reduções expressivas em componentes relevantes para a estrutura de custos, com destaque para fertilizantes (-1,5%), silagem (-9,5%) e concentrado (-6,4%).Apesar desse alívio em alguns insumos, categorias como sal mineral (+10,5%) e energia elétrica (+26,7%) mantêm pressões altistas no índice.Nesse contexto, projeta-se uma trajetória de moderação inflacionária, com possibilidade de leituras negativas no acumulado em 12 meses a partir de novembro.

O momento, entretanto, ainda é frágil, e permanece desafiador para o produtor. Os preços recebidos têm se retraído em um ritmo superior, à queda dos custos, o que comprime margens e atenua a percepção a curto prazo de queda no custo com insumos.Para novembro, as projeções indicam uma possível retomada dos preços do milho e da soja, o que pode reacelerar o componente alimentação no próximo relatório. Em contrapartida, a recente desvalorização do dólar e a queda nas cotações internacionais do petróleo tendem a exercer pressão baixista sobre os preços de fertilizantes e combustíveis.

 

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