CI

Consumo de biodiesel deve subir 9,0% em 2025 e 6,4% em 2026, aponta StoneX

Projeções indicam 9,8 milhões de m³ consumidos em 2025


Foto: Divulgação

A StoneX, empresa global de serviços financeiros, manteve suas projeções para o mercado de biodiesel. De acordo com o levantamento, o consumo deve alcançar 9,8 milhões de m³ em 2025, alta de 9,0% em relação ao ano anterior.

Para 2026, o cenário base indica um avanço de 6,4%, totalizando 10,5 milhões de m³, enquanto o cenário alternativo — que considera a introdução do B16 conforme diretriz do CNPE — projeta consumo próximo a 11 milhões de m³, além de elevar em cerca de 1 milhão de toneladas o uso de óleo de soja.

As estimativas ganham força após o setor registrar novo recorde de vendas: 914 mil m³ em outubro, segundo dados recentes da ANP. No acumulado de janeiro a outubro, o volume comercializado atingiu 8,1 milhões de m³, crescimento de 6,7% frente aos 7,6 milhões registrados no mesmo período de 2024. A produção também acompanha esse avanço, somando cerca de 8,1 milhões de m³, alta de 7,3% na comparação anual.

“O mercado de biodiesel tem mostrado um desempenho sólido, impulsionado pela forte demanda por diesel B e pelo avanço consistente da produção. A expectativa é que a diferença entre B14 e B15 continue se ampliando nos próximos resultados”, realça o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Leonardo Rossetti.

A StoneX destaca ainda que a manutenção de um cenário favorável depende tanto das condições das próximas safras quanto do ritmo da economia. Mesmo com previsão de crescimento mais moderado do PIB em 2026, a adoção integral do B15 deve sustentar a expansão da demanda. No cenário alternativo, a migração para o B16 adicionaria quase 1,2 milhão de m³ ao consumo projetado para o ano.

Queda no uso de óleo de soja e avanço do sebo no mix de matérias-primas

No 5º bimestre, o consumo de óleo de soja permaneceu elevado, mas registrou leve recuo em relação ao período anterior, segundo a StoneX. As estimativas indicam 1,368 milhão de toneladas consumidas entre setembro e outubro, queda de 4,8% frente às 1,437 milhão de toneladas do 4º bimestre—considerando que parte da categoria “outros materiais graxos” também é composta por óleo de soja.

“Com esse movimento, a participação do óleo de soja no mix do biodiesel passou de 86,4% para 81,6%. As projeções para 2025 foram mantidas, mas o desempenho mais fraco do bimestre levou a um pequeno ajuste no cenário de B16 para 2026, cuja estimativa recuou de 9,0 para 8,9 milhões de toneladas”, ressalta Rossetti.

Por outro lado, houve avanço expressivo no uso de sebo bovino. Após média de 45,8 mil toneladas até agosto, o consumo saltou para 76,5 mil toneladas em setembro e 86,9 mil toneladas em outubro, elevando sua participação no mix para 8,7% e 9,5%, respectivamente.

O movimento decorre das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre as importações de sebo brasileiro, que reduziram as exportações de uma média mensal de 44 mil toneladas para 27 mil em setembro e 7,5 mil em outubro — sendo que os EUA respondem por mais de 90% desses embarques.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.

2b98f7e1-9590-46d7-af32-2c8a921a53c7