Trigo sobe em Chicago
Argentina prevê recorde e amplia exportações ao Brasil
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A análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), referente ao período de 28 de novembro a 4 de dezembro e publicada nesta quinta-feira (4), aponta que as cotações do trigo voltaram a subir em Chicago na primeira semana de dezembro. Segundo o boletim, “o bushel do cereal, para o primeiro mês, fechou a quinta-feira (04) em US$ 5,41, contra US$ 5,31 uma semana antes”. A média de novembro encerrou em US$ 5,35, alta de 4,7% em relação ao mês anterior, embora abaixo dos US$ 5,52 por bushel registrados em novembro de 2024.
O Ceema destaca que o movimento de preços ocorre em meio ao aumento da oferta global. Os Estados Unidos anunciaram elevação na estimativa de produção de trigo para a safra 2025/26, que passou a 54 milhões de toneladas. Na avaliação da instituição, “agora é a vez da Austrália elevar sua estimativa de produção para 35,6 milhões de toneladas”, ampliando o volume disponível no mercado internacional. A oferta mundial atual está prevista em 828,9 milhões de toneladas, superior às 800,8 milhões do ciclo anterior.
No caso australiano, o volume projetado deve ficar 4% acima do registrado no ano passado, 29% acima da média dos últimos dez anos e configurará a terceira maior produção da história, conforme dados do Abares.
Na Argentina, as perspectivas também seguem em expansão. A cada semana, as projeções para a nova safra avançam, e a Bolsa de Cereais de Buenos Aires estima produção recorde de 25,5 milhões de toneladas, superando com margem o recorde anterior de 22,4 milhões da safra 2021/22. O relatório aponta que, com o excedente, “haverá ainda mais trigo argentino para exportar ao Brasil”.