Relatório aponta domínio chinês em ingredientes essenciais
O relatório foi divulgado em meio a tensões comerciais
O relatório foi divulgado em meio a tensões comerciais - Foto: Pixabay
Um levantamento recente expôs a concentração global da produção de vitaminas e aminoácidos essenciais na China, acendendo um alerta sobre a segurança do abastecimento dos Estados Unidos. A análise, conduzida pelo Instituto de Educação e Pesquisa em Alimentação Animal, aponta que o país asiático domina parcela expressiva da capacidade fabril desses insumos usados em dietas animais e humanas.
A partir dos dados, a Associação Americana da Indústria de Alimentos para Animais afirmou que busca mobilizar autoridades e o setor agroalimentar para reduzir o risco de uma eventual interrupção de fornecimento. A entidade citou a preocupação de sua direção com o impacto desse domínio produtivo e com o alerta reforçado pelo estudo.
O relatório foi divulgado em meio a tensões comerciais e examinou fluxos globais de vitaminas e aminoácidos, além de consultar nutricionistas sobre os efeitos de reduções no uso desses ingredientes. A conclusão é que pequenas quedas na oferta podem afetar rapidamente a saúde animal e a produtividade nas fazendas. O material avaliou itens como vitaminas A, B1, B2, B3, B7, B12, D3 e E, além de lisina, treonina, triptofano e metionina.
Entre 2020 e 2024, os Estados Unidos dependeram da China para a maior parte das importações de vitaminas e de grande parte da produção global de aminoácidos. Em itens como biotina, a oferta mundial é totalmente chinesa, o que deixa poucas alternativas em caso de ruptura.
Diante desse cenário, a associação informou que atuará na definição de prioridades e em caminhos para diversificar as cadeias de suprimentos. A entidade destacou a relevância nutricional das vitaminas e dos aminoácidos para desempenho de gado e aves, lembrando que a oferta desses insumos influencia diretamente a produção de carne, leite e ovos.