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La Niña pode levar estiagem ao Centro-Sul em outubro

La Niña pode afetar início do plantio da soja


Foto: Pixabay

A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) estimou 71% de probabilidade de desenvolvimento do fenômeno La Niña já em outubro, com possibilidade de persistir até fevereiro de 2026. O evento oceânico, que provoca o resfriamento das águas superficiais do Pacífico, altera os padrões de chuva e temperatura em diferentes regiões do mundo. No Brasil, a ocorrência está associada à estiagem nas regiões Centro-Sul.

O encerramento do vazio sanitário da soja em grande parte das áreas produtoras marca o início do plantio da principal commodity agrícola do país, coincidindo com a previsão de chegada do La Niña. A combinação aumenta o risco de estresse hídrico e redução de produtividade, especialmente em estados como Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul, que podem enfrentar longos períodos de escassez de chuva. O impacto climático também deve afetar o desenvolvimento da safra de milho verão.

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“Caso se confirme, o La Niña vai atuar num período muito importante para o ciclo de produção da safra, pois estamos no início do plantio, momento crucial que impactará mais adiante no enchimento de grãos. Por isso, é importante que os agricultores foquem o manejo no fortalecimento das raízes, para enfrentar desafios térmicos, hídricos e até mesmo fungos”, explica o agrônomo Giovanni Ferreira, desenvolvedor de mercado da Biotrop.

Ferreira aponta que a atenção dos produtores deve incluir o controle de nematoides e outros patógenos que intensificam os efeitos da seca. Esses organismos, ao penetrarem nas raízes, dificultam a absorção de água. “A proteção da planta pode e deve ser feita ainda na semente para que, quando a raiz começar a crescer, ela esteja protegida contra a ação dos nematoides. Dessa maneira, o produtor evita mais um problema além da falta de água”, ressalta Giovanni.

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Entre os fungos de solo que podem se agravar com o tempo seco estão a podridão-radicular-seca (Fusarium solani f.sp. phaseoli) e a podridão-de-carvão (Macrophomina phaseolina), que comprometem o desenvolvimento das plantas. Outro fator de risco é a fitotoxicidade, decorrente de misturas inadequadas, dosagens incorretas ou condições desfavoráveis de aplicação de defensivos, que podem causar queima nas folhas e, em casos extremos, levar à morte da planta.

Em cenários de baixa umidade, os efeitos da fitotoxicidade tendem a se intensificar. “A recomendação da Biotrop é que o agricultor utilize soluções que ajudem a planta a otimizar o uso dos recursos hídricos para o seu desenvolvimento. Alguns microrganismos são excelentes para esse fim, como Bacillus Aryabhattai, Bacillus Haynesii e Bacilus Circulans, tríade que compõe a formulação do Bioasis Power”, ressalta o agrônomo.

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