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Trigo: estabilidade nos preços brasileiros

Entre os fatores de alta, destacam-se os riscos de chuvas na colheita


Entre os fatores de alta, destacam-se os riscos de chuvas na colheita Entre os fatores de alta, destacam-se os riscos de chuvas na colheita - Foto: Divulgação

As cotações do trigo apresentaram forte volatilidade na semana, refletindo o impacto climático em importantes regiões produtoras e as expectativas de mercado. Segundo a TF Agroeconômica, fatores como geadas na Argentina e seca nas áreas de trigo de inverno dos Estados Unidos sustentaram a recuperação dos preços na Bolsa de Chicago (CBOT), enquanto o aumento das exportações russas e a boa safra francesa limitaram ganhos adicionais, estabelecendo resistência técnica em US$ 535 para o contrato ZWZ2025.

No mercado brasileiro, as cotações se estabilizaram após semanas de queda, com o trigo sendo negociado em torno de R$ 1.050/t FOB no Rio Grande do Sul e R$ 1.150/t no Paraná. A consultoria alerta, porém, que uma eventual quebra de qualidade nas lavouras gaúchas pode pressionar os preços locais, ao passo que o trigo paranaense tende a ganhar valor no curto prazo. A depender da gravidade das perdas, o aumento do uso de trigo importado poderá sustentar os preços no longo prazo.

Entre os fatores de alta, destacam-se os riscos de chuvas na colheita, que podem comprometer a qualidade do produto no Sul do Brasil e ampliar a necessidade de importação, elevando custos para moinhos e pressionando o mercado de farinhas. Há ainda rumores de compras de trigo pelos chineses e incertezas sobre os danos causados pelas geadas argentinas, além da menor preocupação recente com o câmbio e a oferta global.

Já entre os fatores de baixa, a TF Agroeconômica aponta o avanço das exportações russas, estimadas em 5,1 milhões de toneladas em outubro, superando médias históricas e atendendo à forte demanda de Egito e Turquia. Além disso, a consultoria alerta que a quebra de qualidade do trigo brasileiro pode levar alguns moinhos descapitalizados a vender farinhas a preços mais baixos, reduzindo margens em todo o setor.
 

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