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Derivados do cambuci virão de São Paulo para a 1ª Feira Agroecológica e da Sociobiodiversidade

Matéria-prima: durante a feira serão comercializados geleias, licores, molhos, cachaça, doces e cerveja de cambuci


A mais de 1.100 km de distância da capital brasileira, em um pequeno sítio na cidade de Natividade da Serra (SP), Alex Argona, de 49 anos, orgulha-se da escolha de ser agricultor familiar todos os dias há 24 anos. O produtor, que antes morava na cidade, abdicou da vida agitada dos centros urbanos para acolher a calmaria e o sossego do cenário rural. Hoje, ele colhe o resultado dos seus esforços: foi um dos agricultores familiares convidados a participar da 1ª Feira Agroecológica e da Sociobiodiversidade. O evento começa nesta terça-feira (12) e segue até sexta-feira, dia 15 de setembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) apoia a participação da agricultura familiar na feira possibilitando a logística de 34 agricultores. Desta forma, incentiva a comercialização dos produtos agroecológicos brasileiros e técnicas sustentáveis de produção. 

A preparação para que todos os produtos fiquem prontos a tempo está grande, assim como a animação para o evento. “Não sei como vai ser a feira, afinal é a primeira edição, mas tenho a expectativa de que será bem positiva. É uma forma de expor os nossos produtos. A Sead tem valorizado nosso trabalho.” Alex pertence à Fortaleza do Cambuci, uma organização de agricultores familiares que leva o nome do fruto típico da Mata Atlântica cultivado pelos membros (leia mais neste link). Na banca serão comercializados geleias, licores, molhos, cachaça, doces e cerveja de cambuci. 

Para os agricultores familiares, a terra tem um grande um significado. É dela que vem a renda das famílias e a base que sustenta suas casas. Logo, a preservação do solo se faz mais do que necessária. Alex comenta que desde o começo procurou o modelo de produção agroecológico. “Eu sempre procurei trabalhar com produtos naturais e também não utilizar defensivos na plantação. Acredito que tudo isso faz parte da ideia de trabalharmos com a sustentabilidade. Então, eu não uso produtos químicos. Sempre procurei plantar e colher da forma mais natural possível.”

A estrutura da Feira contará com 80 bancas que representarão os seis biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa. A coordenadora da feira, Denise Barbosa, fala da diversidade da feira: “Vamos  ter uma mistura de gente, de povos, de comunidades, de diferentes produções da área rural, mostrando que em todas essas categorias, a agroecologia atua, e que cada vez mais a gente consegue ganhar adeptos.”

A feira acontece durante o Congresso de Agroecologia 2017 que é a realização simultânea do VI Congresso Latino-americano de Agroecologia, X Congresso Brasileiro de Agroecologia e V Seminário de Agroecologia do Distrito Federal e Entorno. Os eventos são promovidos pela Sociedade Científica Latino-americana de Agroecologia (SOCLA) e Associação Brasileira de Agroecologia (ABA-Agroecologia) e organizados em Brasília por uma comissão formada por representantes da Embrapa, Universidade de Brasília, Emater-DF, Secretarias de Estado do GDF (Seagri e Sedestmidh), IBRAM e ISPN. Conta com o apoio de vários ministérios, organizações e movimentos sociais. O evento é patrocinado por BNDES, Itaipu Binacional e Fundação Banco do Brasil. 

 

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