Cafeicultura brasileira atinge novo recorde de faturamento em 2025
Receita da cafeicultura supera em 46,22% o maior valor já registrado
Foto: Pixabay
De acordo com os dados divulgados pelo Consórcio Pesquisa Café, o Valor Bruto da Produção (VBP) dos Cafés do Brasil para o ano-cafeeiro de 2025 está estimado em R$ 114,86 bilhões, segundo dados do próprio setor. O montante representa aumento de 46,2% em relação ao recorde anterior, registrado em 2024, quando a receita somou R$ 78,55 bilhões. O desempenho confirma 2025 como o maior faturamento já alcançado pela cafeicultura nacional.
A projeção considera as receitas das espécies Coffea arabica e Coffea canephora. O VBP do café arábica está estimado em R$ 82,96 bilhões, crescimento de 45,8% sobre os R$ 56,88 bilhões registrados em 2024, o que representa 72,23% do total previsto para 2025. Já o café canéfora deve alcançar R$ 31,89 bilhões, alta de 47,2% em comparação com os R$ 21,66 bilhões arrecadados no ano anterior, respondendo por 18,87% da receita nacional.
Com base nos valores projetados, Minas Gerais lidera o ranking estadual da cafeicultura em 2025, com faturamento estimado em R$ 59,03 bilhões, equivalente a 51,4% do total. Na segunda posição aparece o Espírito Santo, com R$ 29,22 bilhões, seguido por São Paulo, com R$ 10,77 bilhões. Bahia e Rondônia ocupam, respectivamente, a quarta e a quinta posição, com receitas de R$ 7,81 bilhões e R$ 4,27 bilhões. Todas as unidades federativas citadas devem registrar seus maiores resultados históricos.
Ao considerar as regiões brasileiras, o Sudeste concentra R$ 99,92 bilhões do VBP, o equivalente a 87% da receita nacional. Em seguida aparecem o Nordeste, com R$ 7,84 bilhões; o Norte, com R$ 4,45 bilhões; o Sul, com R$ 1,69 bilhão; e o Centro-Oeste, com R$ 936,90 milhões, participação inferior a 1%.
De acordo com a análise, “os dados estatísticos e demais números que fundamentaram e permitiram realizar esta avaliação foram extraídos do Valor Bruto da Produção – VBP Outubro/2025”, documento elaborado pela Secretaria de Política Agrícola desde 2005 e disponibilizado no Observatório do Café.