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Mercado inicia entre ajustes e atenção a fatores externos

A soja também segue sob influência de notícias externas e exportações


A soja também segue sob influência de notícias externas e exportações A soja também segue sob influência de notícias externas e exportações - Foto: United Soybean Board

O mercado de grãos brasileiro iniciou esta quarta-feira com movimentos discretos, refletindo influências externas e o andamento das colheitas locais. Segundo a TF Agroeconômica, o trigo no mercado de Chicago apresenta sensibilidade elevada a fatores internacionais, com o contrato dezembro 2025 cotado a US$ 504,00 por bushel, recuando 2,75 pontos. A alta do dólar e a paralisação parcial do governo dos EUA, que atrasa dados do USDA sobre Oferta & Demanda e condições das lavouras, pesam sobre as cotações. No Brasil, o avanço da colheita no Paraná mantém os preços pressionados, enquanto moinhos gaúchos já estão abastecidos, deixando pouca margem para alta até fevereiro de 2026.

A soja também segue sob influência de notícias externas e exportações. Os contratos de novembro 2025 em Chicago fecharam a US$ 1.024,00 por bushel, em leve alta, impulsionados pelo desempenho do óleo de soja e pela força dos óleos vegetais no mercado internacional. No Brasil, o CEPEA aponta preços estáveis, com alta mensal de até 2,19% em Paranaguá, enquanto as exportações atingiram 7,3 milhões de toneladas em setembro, 20% acima de agosto, embora com queda nos prêmios devido à oferta elevada. Traders americanos observam com cautela a ausência de compras da China, que pode impactar futuros preços e gerar preocupação aos produtores nos EUA.

O milho, por sua vez, apresenta movimentos mais contidos, com o contrato dezembro 2025 em Chicago a US$ 418,75, pressionado pelo avanço da colheita recorde nos EUA e pelo tempo seco no cinturão produtor. No Brasil, a B3 registra preços pouco alterados, com novembro a R$ 66,40/saca, refletindo dificuldades no escoamento de exportações, que estão 12% abaixo do volume do ano passado e 10% mais baixas em preço. Apesar disso, os preços internacionais do milho brasileiro seguem US$ 10/t acima do americano nos principais destinos.

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